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Os servidores não vão pagar pela crise

Cosme Nogueira

Presidente da FESERP-MG

     O ano de 2015 começou com uma crise política, que vem se arrastando e causando danos morais e econômicos para o país.

      Os danos morais estão relacionados a corrupção na Petrobras e em outras estatais, os absurdos de desvio de grandes quantias de dinheiro público para políticos corruptos e seus cúmplices, aliados à ganância de empreiteiros antipatriotas, que só pensam no lucro.  Os danos econômicos são percebidos pela inflação, que já é nítida, afetando diretamente a classe trabalhadora.

    O Governo, por sua vez, vem demonstrando incapacidade de liderança e de articulação com o Congresso Nacional, além de fragilizar a relação com os movimentos sociais.

    Diante dessas adversidades morais e econômicas, começaram a surgir medidas desfavoráveis aos trabalhadores, com retirada de direitos – e nós, servidores, como sempre, somos alvos. A grande maioria dos servidores públicos do Brasil convive diariamente com o descaso dos gestores de todas as esferas. A prova dessa precariedade é a falta de uma política de valorização para o servidor público. A categoria sofre com baixos salários, assédio moral, ausência de recursos públicos e a falta de uma Legislação que venha proteger os servidores públicos. Agora, já começa uma onda de corte de gastos em muitas prefeituras, e as medidas são: corte de horas-extras, suspensão de férias, reajuste zero, atrasos e escalonamento de salários e – o pior – algumas prefeituras falam em demissões.

     Não vejo nenhuma iniciativa de suspensão dos altos salários dos políticos, mas as primeiras medidas são para sangrar na carne os menos favorecidos.

        Os servidores públicos não vão pagar pela crise. Não vamos permitir que uma mãe, um pai de família perca o seu emprego. Não vamos permitir que coloquem nas nossas costas a culpa da irresponsabilidade e da incapacidade de gestão. A mobilização dos servidores públicos é fundamental. Neste momento, precisamos organizar a Cruzada Nacional dos Servidores Públicos contra a retirada de direitos e demissões e também a Cruzada da Legalidade: político corrupto e empresário corruptor na cadeia e os trabalhadores com o seu emprego garantido. E deixamos bem claro que essas ações não servirão de palanque e nem de “massa de manobra” da direita política – que hoje é oposição, mas que governou o país, deixando uma triste memória para os trabalhadores. O que queremos é a retomada do crescimento e o fim da estagnação econômica.

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