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O valor da credibilidade

    Desde pequeno, nos primórdios da infância, sempre ouvimos os mais velhos pronunciarem esta frase: “Você pode até ficar sem dinheiro, mas não pode nunca perder o seu crédito”. Esta lembrança, muito oportuna para os dias atuais, nos leva a uma reflexão de como a classe política perdeu a credibilidade perante a opinião publica – Salvo as raras exceções, pois não podemos e nem devemos generalizar, mas é evidente o descrédito dos políticos, acompanhado de uma insatisfação geral.

     Os escândalos de corrupção na Petrobras deixaram a sociedade brasileira perplexa diante de elevados números e cifras de valores desviados dos cofres públicos. Paralelo a tudo isto a mesma sociedade convive com a precarização e o sucateamento nas áreas de Saúde, Educação, Transporte e outras políticas publicas – além, é claro, das demandas dos trabalhadores, que ficam engavetadas e trancadas no Congresso Nacional: fim do fator previdenciário, regulamentação das convenções 151 (direito de convenção coletiva para servidores públicos) e 158 (que impede as demissões imotivadas) e também as revisões nos proventos das aposentadorias e pensões e a correção na tabela de imposto de renda, que hoje é injusta.

     Mas, temos que ter cuidado e não cair no “canto da sereia” e nem ser “massa de manobra” de uma oposição que também tem comprometimento com a corrupção e defende um projeto político, que tem como bandeira um Estado mínimo, no qual é nítida a intenção de retirada de direitos dos trabalhadores e a entrega do patrimônio público e reservas brasileiras para o capital estrangeiro, através do nefasto processo de privatização.

      Temos que ir às ruas para exigir a punição dos envolvidos em todos os esquemas de corrupção, no âmbito das três esferas (federal, estadual e municipal), e dos empresários. Ou seja, corruptos e corruptores, doa a quem doer. Temos que ir às ruas pela reforma agrária, que nunca sai do papel; por uma reforma política séria, que ponha um fim no comércio de legendas, e pelo financiamento públicos das campanhas eleitorais.

    É preciso também rever as concessões de rádio e televisão, que restringem o espaço para os movimentos sociais e escancaram suas portas para o capital público e privado, além de gozar de benefícios de políticos corruptos em troca de promoções pessoais. Mas, temos também que ir às ruas em prol da Democracia, tão valorosa para nós. Para defender também as riquezas e o patrimônio nacional, para evitar que roubem do nosso povo como fizeram num passado recente, quando venderam a Vale do Rio Doce, a Siderúrgica Nacional de Volta Redonda, empresas de energia e de telefonia e vários bens nacionais, entregues ao capital privado em sua grande maioria estrangeiro.

      Precisamos e devemos lutar e acreditar que uma sociedade mais justa e fraterna é possível, e que a credibilidade tão falada é algo para se orgulhar. Porém, nada disso vai acontecer se nós ficarmos acomodados, inertes aos acontecimentos. É necessário criar a corrente do bem e do respeito ao cidadão brasileiro.

Cosme Nogueira

Presidente da FESERP-MG

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