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Editorial da CSPB: A importância histórica da decisão do STF que tornou réus o ex-presidente Bolsonaro e outros 7 colaboradores da trama golpista

A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil – CSPB sempre esteve na linha de frente das lutas democráticas do país. Em 1972, apoiou corajosamente a proposta de “Anistia Ampla, Geral e Irrestrita”, um marco fundamental para a redemocratização em um período em que o Brasil ainda sangrava sob um regime autoritário, que perseguia, torturava e assassinava seus opositores. Naquele momento, a CSPB optou pela paz, mas nunca pelo esquecimento ou pela impunidade – uma estratégia necessária para evitar mais derramamento de sangue, sem jamais compactuar com a violência de Estado.

Hoje, mais de 50 anos depois, a CSPB reafirma seu compromisso inabalável com a democracia. Nas eleições de 2022, a entidade não hesitou em se contrapor claramente à reeleição e Jair Messias Bolsonaro, compreendendo que a disputa transcendia uma mera alternância de poder: era uma batalha entre a civilização e a barbárie, entre a ordem constitucional e o caos autoritário. O então presidente já havia dado inúmeros sinais de sua inclinação golpista e de seu projeto de destruição dos serviços públicos e dos direitos trabalhistas.

O tempo provou que a CSPB estava certa. Graças ao trabalho impecável da Polícia Federal e do Ministério Público, descobrimos que o Brasil esteve a um passo de mergulhar em uma ditadura ainda mais violenta que a do século passado. As provas são incontestáveis: havia um plano criminoso que incluía até mesmo o assassinato do presidente Lula, do ministro do STF Alexandre de Moraes e do vice-presidente Geraldo Alckmin, além de outras tentativas de desestabilização institucional, infundadas narrativas de fragilidade do nosso sistema eleitoral e reiteradas tentativas de descredibilzar profissionais de  imprensa por meio de um sistema eficaz de disseminação em massa de notícias falsas, conhecidas por “fake news”, buscando desconectar a opinião pública de fatos concretos, apuráveis.

Neste 26 de março de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) escreveu mais um capítulo decisivo na história do Brasil. Por unanimidade, a Primeira Turma acatou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e tornou réus o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados por tentativa de golpe de Estado e outros crimes contra a democracia. Os ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio DinoLuiz FuxCármen Lúcia e Cristiano Zanin foram categóricos: não há espaço para impunidade quando a democracia é ameaçada.

A CSPB celebra essa decisão histórica, que reforça o Estado Democrático de Direito e envia uma mensagem clara: golpistas não passarão! A entidade defende que todos os envolvidos sejam julgados com rigor, dentro da lei, com ampla defesa, mas sem qualquer tolerância para quem conspirou contra as instituições.

Este julgamento não é apenas sobre o passado – é um alicerce para o futuro. Reafirma que a democracia brasileira não é negociável e que servidores públicos, trabalhadores e a sociedade civil não permitirão novos retrocessos. A CSPB, como sempre, seguirá vigilante, pois defender a democracia é defender o Brasil.

Estão denunciados e se tornaram réus:

– Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;

– Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;

– Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;

– Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;

– Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;

– Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;

– Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;

– Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro.

O povo brasileiro e a história não esquecem. Ainda estamos aqui e a justiça, mesmo que tardia, está chegando àqueles que atentaram contra este indispensável pilar civilizatório: A DEMOCRACIA!

Não admitiremos nehuma anistia aos advervários do nosso sistema democrático!

Confederação dos Servidores Públicos do Brasil – CSPB 

 

Fonte: CSPB