As Centrais Sindicais elaboraram uma carta para apresentar à Cúpula de Líderes do G20, evento que será realizado nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. O documento apresenta diretrizes para enfrentar a crise climática e promover uma transição justa no mundo do trabalho.

O texto destaca os efeitos das mudanças climáticas em setores como agricultura, construção civil e turismo, além de apontar para a perda de empregos devido ao estresse térmico e à escassez hídrica.

Entre as propostas principais estão:

• Promoção de uma economia sustentável: Incentivo a setores que utilizam energia limpa e materiais sustentáveis, com potencial de gerar até 60 milhões de empregos globais, conforme dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

• Combate às desigualdades: Proposição de uma governança global com metas de transição justa, que considerem as desigualdades sociais e a realidade dos países periféricos, com acesso à educação e saúde, condições de trabalho dignas e tributação progressiva.

• Garantias trabalhistas na era digital: A carta enfatiza a necessidade de regulamentar novas profissões e qualificar a força de trabalho, principalmente em setores que surgem com o avanço tecnológico, como inteligência artificial e ciência de dados.

O documento pede também um fundo internacional para apoiar os países em desenvolvimento, com contribuições proporcionais à capacidade econômica de cada nação, e defende a introdução de convenções coletivas para medidas de proteção aos trabalhadores. O G20, segundo as Centrais, precisa alinhar o debate econômico com ações sociais e ambientais que promovam uma sociedade mais igualitária e resiliente.

Transições no mundo do trabalho_Centrais_ 31NOV

Fonte: Pública – Central do Servidor