Centrais Sindicais filiadas à Federação Sindical Mundial (FSM) debateram na capital paulista a crise do capitalismo e seus Impactos na organização sindical e no trabalho

Nesta segunda-feira (04/03) o Presidente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil – CSPB, João Domingos Gomes dos Santos, defendeu a urgência de implementar o Estado Social e Democrático de Direito, em contraponto ao modelo ultraliberal de desmonte dos direitos trabalhistas e sociais, pilares de um desenvolvimento econômico plural e inclusivo. O líder sindical foi convidado especial das Centrais Sindicais filiadas à Federação Sindical Mundial (FSM) e à União Sindical Mundial (UIS) para debater “A crise do capitalismo e seus Impactos na Organização Sindical e no Trabalho” no histórico Seminário Internacional realizado na capital paulista que reuniu mais de 50 lideranças sindicais de um total de 30 países.

“Nós servidores públicos do Brasil estamos vivendo um momento extremamente especial na nossa história. Temos hoje uma janela de oportunidade para construir o Estado Social e Democrático de Direito em nosso país. Neste momento a grande disputa internacional se dá no campo das disputas pelo modelo e o papel do Estado em diferentes nações. Nossa proposta de um modelo voltado ao desenvolvimento econômico com inclusão social tem fortes adversários do campo ultraliberal, que persiste na concentração riqueza nas mãos de uma privilegiada casta de capitalistas improdutivos, cuja a principal fonte de suas fortunas oriunda da especulação financeira”, alertou o Presidente da CSPB.

Domingos destacou a o “assanhamento da extrema direita nas Américas”, sobretudo à partir da eleição de Javier Milei na Argentina e a ameaça de retorno de Donald Trump nos Estados Unidos.

“Impedir avanço da extrema direita precisa ser uma luta transnacional. As organizações sindicais e sociais ainda não se deram conta da importância de ‘mundializar’ suas intervenções no campo político. Portanto lanço um desafio à FSM e à UIS para somarem forças junto à recém criada Frente Latino-americana de Sindicatos Estatais, hoje composta pela ISP Américas e pela CLATE. Convidamos a UIS do setor público para compor essa Frente. Essa solicitação estará sendo formalizada na próxima reunião da UIS que será realizada no México. Solicitamos à FSM que reforce apoio à adesão da UIS para que possamos concluir juntos indispensável projeto Latino-americano e Caribenho de modelo de Estado com visão socialista, em contraponto ao perverso modelo ultraliberal que sacrifica milhões de trabalhadores mundo afora”, sugeriu João Domingos.

Fonte: Secom/CSPB