Juiz de Fora: SINSERPU-JF apoia psicólogos na luta pelas 30 horas e contra veto da prefeita ao projeto sobre o assunto
O presidente do SINSERPU-JF (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora), Francisco “Chiquinho” Carlos da Silva, e a assessora jurídica do Sindicato, Elisângela Márcia do Nascimento, se reuniram, na tarde/noite desta terça-feira (16 de janeiro), com psicólogos da Prefeitura de Juiz de Fora para definir ações contra o veto da prefeita Margarida Salomão (PT) ao projeto de lei aprovado pela Câmara – número133/2023, de autoria do vereador Juraci Scheffer (PT) e que definia a jornada de 30 horas semanais para os profissionais da área. “Embora o veto tenha se dado por motivos legais, já que um projeto de lei desta natureza com origem no Legislativo é inconstitucional, a prefeita tem a autonomia para enviar uma matéria semelhante para a Câmara. O caminho, então, é sensibilizar a prefeita, pois depende da vontade política dela”, apontou Elisângela Nascimento. Presente ao encontro, a vereadora Cida Oliveira (PT) se comprometeu a enviar, ainda nesta quarta-feira (17 de janeiro), um ofício à chefe do Executivo pedindo uma reunião em caráter de urgência para tratar do assunto. O presidente do SINSERPU-JF, por sua vez, propôs uma campanha maciça de divulgação da demanda das 30 horas semanais, com, inclusive, a confecção de bottons alusivos ao tema – a exemplo do que foi feito na campanha vitoriosa dos assistentes sociais, pela mesma jornada de trabalho. “Nosso compromisso é acompanhar e lutar até que essa demanda seja concretizada”, afirmou Francisco Carlos.
Os psicólogos presentes à reunião foram unânimes em criticar a falta de diálogo com a Administração Municipal – com a prefeita e também com o secretário de Recursos Humanos, Rogério Freitas. Argumentaram que a proposta das 30 horas semanais “não trará prejuízo do trabalho já prestado à sociedade”, e lembraram que a redução da carga horária para a categoria já é uma realidade em diversos municípios de Minas Gerais e outros estados. E, por fim, pediram “valorização de profissionais que tem por prerrogativa de ofício a grande sobrecarga emocional por trabalhar intensa e diretamente com o sofrimento psíquico humano, exigindo investimento pessoal em sua formação técnica especializada, ética e responsável, a fim de ofertar os melhores serviços para a população”.
À espera do pedido de reunião feito pela vereadora Cida Oliveira e da primeira rodada de negociação da Campanha Salarial (entre Sindicato e Administração Municipal, no dia 24 de janeiro), os psicólogos da PJF já agendaram um novo encontro, para 29 de janeiro – novamente coordenado pelo SINSERPU-JF.
Fonte: SINSERPU-JF