Dando seguimento na série de homenagens da Feserp Minas até a Plenária da Região Sudeste, vamos contar a história de Nair Pinto de Rezende Oliveira, a Dona Nair (in memoriam)

Dona Nair estudou até a quarta série do ensino fundamental. À época, frequentava a escola nos meses que não eram de colheita. Mais tarde, casou-se com Sebastião Amaro de Oliveira, aos 23 anos, de quem foi viúva aos 36 anos. Entre “profissões” que exerceu, foi parteira, comerciante e costureira no distrito de Torreões, em Juiz de Fora. Ela é mãe de Cida Oliveira (PT-MG), atual vereadora da cidade.

Em 1971, quando seu marido faleceu, Dona Nair ficou responsável por cuidar dos 5 filhos: Aparecida, Tadeu, Cézar, Afonso e Virgalina. A situação que a vida a obrigou trouxe um cenário de preconceito e discriminação por parte das mulheres casadas da zona rural e dos homens, que na condição de senhores patriarcais e extremamente machistas, não reconheciam a força e coragem daquela mulher. Precisou se impor e enfrentá-los para garantir que não a separasse de seus filhos e pudesse sustentá-los com seu trabalho.

Ao ficar viúva com pouco estudo se viu diante de um grande desafio. Sozinha, sem pai, sem mãe e sem conhecer bem a cidade, tinha que garantir o sustento de seus filhos. Com seu trabalho na mercearia que trabalhava, conseguiu comprar uma casa na cidade e se mudar para que seus filhos estudassem.

Na zona urbana de Juiz de Fora, trabalhou muitos anos como costureira.

Nair Pinto de Rezende Oliveira, a Dona Nair, morreu aos 86 anos, no dia 15 de junho de 2021, de maneira digna, assim como viveu.

Sua vida é o seu legado imortal.

Imprensa Feserp Minas