Juiz de Fora: SINSERPU-JF protesta contra condições desumanas de trabalho na Prefeitura
O SINSERPU-JF (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora) vem a público denunciar e repudiar as situações, repetidas, de condições desumanas de trabalho na Prefeitura de Juiz de Fora – como as ocorridas, como exemplo mais recente, nesta sexta-feira (14 de abril) no Bairro Igrejinha. Na ocasião, servidores contratados do DEMLURB (cerca de 25 trabalhadores) foram forçados a executar tarefas sem as mínimas condições de segurança (debaixo de chuva, sem capa e bota de borracha), das 16h às 21h30, sob as ordens (segundo denúncias que chegaram ao Sindicato, “ameaças de demissões e assédio moral”) do encarregado.
A situação se torna mais grave ainda por não se tratar de “novidade” ou fato isolado. O SINSERPU-JF já fez várias denúncias dessa natureza, já relatou práticas não recomendáveis de terceirização dos serviços (na EMPAV, na Secretaria de Obras e outros setores, inclusive na Saúde) e já enviou vários ofícios à Administração Municipal (a maioria não respondidos), com pedidos de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) – sem contar os casos de assédio moral levados ao conhecimento dos gestores em várias reuniões.
Na segunda-feira (17 de abril), o SINSERPU-JF vai protocolar uma denúncia, do que aconteceu em Igrejinha na sexta-feira, no Ministério Público do Trabalho.
Leia a seguir a posição do presidente do SINSERPU-JF, Francisco “Chiquinho” Carlos da Silva:
“Somos sempre pelo serviço público de qualidade. E para que isso aconteça é fundamental valorizar o servidor público. E não podemos fechar os olhos para o que está acontecendo. Estamos acompanhando casos sérios de assédio moral e até casos de agressões físicas – basta olhar em volta, casos sérios de todos os lados, como se fosse uma floresta com focos de chamas, que precisam ser apagadas para não queimar tudo. Precisamos banir de vez essas práticas.
O que aconteceu em Igrejinha, na sexta-feira, acontece diariamente em vários lugares, em frentes de trabalho onde falta tudo, de água gelada para beber ao transporte adequado, passando pela ausência de equipamentos de segurança.
Não pode ser assim. Existem leis e, sinceramente, é preciso gostar de gente e se sentir como gente, é preciso viver na coletividade e não olhar para o próprio umbigo.
Podem ter certeza que tomaremos todas as medidas necessárias para que esta política de terceirizações seja extinta. Não podemos aceitar que a dignidade humana seja ferida, o desrespeito aos direitos e a exploração dos trabalhadores.
Basta! Respeito e dignidade são deveres de todos nós. Abram os olhos! Façam uma reflexão sobre tudo o que está acontecendo. Muita coisa precisa ser revista e mudada.”
Fonte: SINSERPU-JF