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Juiz de Fora: Trabalhadores do CAPS denunciam e repudiam sucateamento e desmonte do sistema

Trabalhadores do CAPS AD III (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III) voltaram, nesta semana, a denunciar as condições do sistema. Eles divulgaram uma Nota de Repúdio (veja o documento, na íntegra, abaixo), onde reafirmam o descaso da Administração Municipal, em uma situação que está levando à “desassistência dos familiares e usuários graves e em crise que demandam assistência do CAPS”.
     Os servidores vêm lutando contra esse caos, com o apoio incondicional do SINSERPU-JF (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora), desde agosto de 2020 – quando a situação já havia chegado ao limite, uma vez que desde 2019 a “invisibilidade do serviço” está devidamente documentada. Desde então, foram várias as manifestações dos trabalhadores, e várias as promessas de resolução dos problemas por parte da Prefeitura.
      Na Nota de Repúdio, e em relatos feitos à diretoria do SINSERPU-JF, está denunciada também a completa falta de estrutura física do CAPS AD III, com o local em completo abandono e necessitando de reformas urgentes, com o teto desabando, goteiras e muito mofo, entre outros problemas (fotos) – “em estado de calamidade”, resume o documento.
 
       O presidente do SINSERPU-JF, Francisco “Chiquinho” Carlos da Silva, esteve na unidade (na Rua Silva Jardim), nesta segunda-feira (31 de outubro), acompanhado do diretor do Sindicato Rozivaldo Gervásio. Filmou a situação e enviou os registros para o secretário municipal de Saúde, Ivan Chebli, que prometeu enviar uma equipe da Prefeitura ao local – que amanheceu, nesta terça-feira (primeiro de novembro) com faixas de protesto colocadas pelos servidores: “Imagem do descaso: CAPS AD interditado” e “Único CAPS AD da cidade: interditado por precariedade”.
 
NOTA DE REPÚDIO DOS TRABALHADORES DO CAPS AD III
 
E a saúde mental como vai? Vamos falar de CAPS AD?
No município de Juiz de Fora contamos com apenas 1 CAPS AD III para atender a população em torno de 600 mil habitantes, sendo que de acordo com a portaria seria necessário mais três CAPS AD.
Não bastasse a quantidade insuficiente desse equipamento ainda sofremos com a invisibilidade do serviço que vem sendo documentadas desde o ano de 2019.
Usuários e trabalhadores vêm denunciando a estrutura física, de recursos humanos, de cuidados fundamentais aos usuários e não menos importante o adoecimento dos trabalhadores que precisam administrar diariamente tantas precariedades.
É fato inquestionável que houve descaso das autoridades porque neste momento o serviço do CAPS AD III encontra-se em estado de calamidade, tendo seus serviços suspensos devido a comprometimentos na sua estrutura física. A situação culminou na desassistência dos familiares e usuários graves e em crise que demandam assistência do CAPS.
Neste momento, os trabalhadores permanecem nas dependências do serviço e na expectativa para que tão breve a PJF restaure o projeto da reforma psiquiátrica que preconiza a garantia dos direitos dos usuários, familiares e dos profissionais que sustentam a política de saúde mental álcool e outras drogas no município de Juiz de Fora.
O objetivo dessa nota visa apenas garantir a continuidade da qualidade do atendimento da população historicamente estigmatizada, discriminada, criminalizada, que vivencia processos de exclusão social, de violação de direitos e adoecimento.
Reafirmamos através dessa nota nosso compromisso ético com os princípios e diretrizes do SUS, o que inclui a luta contra o seu desmonte e sucateamento.
 
Trabalhadores do CAPS AD III de Juiz de Fora.
Fonte: SINSERPU-JF