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CSPB conclama sociedade civil e autoridades a reagirem à violência política

A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil repudia veementemente o assassinato da liderança petista em Foz do Iguaçu e compreende a emergência de uma resposta firme em defesa da democracia

A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil – CSPB ficou estarrecida com a brutalidade da violência ocorrida no último sábado (09/07) na cidade de Foz do Iguaçu, região oeste do Paraná, ocasião em que uma liderança do sindicalismo regional foi brutalmente assassinada pelo simples fato de comemorar seu aniversário com a temática petista (saiba mais). Não fosse a rápida reação ao assassino, mais pessoas teriam morrido no local, evidenciam as imagens registradas pelas câmeras de segurança.

Após uma sequência de violências orquestradas por eleitores Bolsonaristas e anti-petistas fanatizados em Uberlândia (saiba mais), no Rio de Janeiro (saiba mais), observa-se uma escalada da violência política, que amplia sua capilaridade, frequência e truculência.

A CSPB, diante de seu compromisso histórico em defesa da democracia e dos pilares que a sustentam, compreende a necessidade urgente de dar uma dura resposta àqueles que tentam criar um clima de terror às vésperas de um importante pleito eleitoral, o primeiro desde a redemocratização sob a ameaça de ruptura democrática (saiba mais).

É imperioso que os poderes republicados e as organizações da sociedade civil estejam irmanados e promovam, conjuntamente, uma forte reação aos colaborardes desse estado de barbárie. As consequências de permitir a impunidade ou até mesmo a omissão diante das ameaças institucionais, do incentivo à violência e da visível escalada do terrorismo voluntário pode custar caro demais ao país e ao povo brasileiro.

Está mais do que na hora das forças democráticas reagirem. É sempre bom recordarmos os ensinamentos do famoso filósofo Karl Popper, sobre o paradoxo da tolerância: “A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se estendermos a tolerância ilimitada mesmo aos intolerantes, e se não estivermos preparados para defender a sociedade tolerante do assalto da intolerância, então, os tolerantes serão destruídos e a tolerância com eles”.

A CSPB, diante das graves circunstâncias, estará se movendo para acionar suas esferas de influencia na sociedade civil, na política e nas organizações sociais para uma reação contundente, cobrando das autoridades que cumpram seu papel institucional em defesa da democracia, do Estado e de suas instituições, contra a escalada autoritária estimulada pelos discursos de ódio que partem do poder central e encontram ressonância entre fanáticos forjados nas fake news e no estímulo à violência contra adversários ideológicos.

Por fim, lamentamos o posicionamento do Presidente da República que, ao invés de desestimular tal atitude, procura acirrar os ânimos, se colocando na condição de vítima e acusando a esquerda de “violenta” (saiba mais).

João Domingos Gomes dos Santos
Presidente da CSPB