Uma grande manifestação na manhã desta quarta-feira (6 de abril) marcou o 20º dia da greve dos servidores públicos municipais de Teófilo Otoni, cujo mote principal foi a indignação dos trabalhadores com o descaso da Prefeitura, administração de Daniel Sucupira (PT), que se recusa a apresentar uma proposta para as justas reivindicações dos servidores. Os manifestantes se reuniram, nas primeiras horas do dia, na porta do SINDISETO (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teófilo Otoni), e após um café da manhã oferecido pelo Sindicato rumaram para a porta da Prefeitura. “O prefeito está dando uma ‘banana para os servidores’ (no jargão popular, mostrando desinteresse) e o servidor está respondendo com uma greve histórica. E queremos uma solução sobre a nossa pauta: revisão geral salarial anual e o piso do Magistério”, disse o presidente do SINDISETO, Alano Gomes.

A manifestação não foi limitada às palavras de ordem em frente à Prefeitura, com os grevistas ingressando também – e intensificando o protesto – no interior do prédio. De lá, os servidores se dirigiram ao Hospital Municipal Raimundo Gobira. “Tínhamos denúncias de que diretores do Hospital estavam coagindo servidores que aderiam à greve. O diretor Ivan Santana negou e disse que não partiu dele nenhum tipo de ameaça aos servidores, nem coação, possível corte de ponto ou demissão. Menos mal, pois a greve é um direito legítimo de qualquer trabalhador”, contou Alano Gomes, que, na reunião com Ivan Santana, estava acompanhado da diretora jurídica do Sindicato, Damares Rodrigues, do servidor/enfermeiro Lucas e dos vereadores Gabriel Gusmão e Sargento Harlei. “Os parlamentares reforçaram que a Câmara não vai aceitar pressão indevida sobre os trabalhadores”, completou o presidente do SINDISETO.

Fonte: SINDISETO