Teófilo Otoni: Greve dos servidores começa nesta sexta-feira, com Ato em frente à Prefeitura
A greve dos servidores públicos municipais de Teófilo Otoni começa nesta sexta-feira (18 de março), com um grande ato em frente à Prefeitura, a partir das 8h. “Faremos uma grande manifestação e contamos com a presença de todos. O Sindicato levará faixas e cartazes e esclarecerá à sociedade teofilotonense os motivos da paralisação”, previu o presidente do SINDISETO (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teófilo Otoni), Alano Gomes, que alertou para possíveis práticas antissindicais por parte da Administração Municipal. “A greve é um direito legítimo dos trabalhadores, mas sempre tem aqueles que fazem ameaças veladas, no intuito de desmobilizar o movimento. Cabe a nós não nos deixarmos intimidar”, disse.
O movimento, definido por unanimidade em Assembleia no último dia 11, reivindica três direitos básicos: a concessão da Revisão Salarial Geral Anual – que é Lei, mas não é aplicada desde 2016, causando perdas ao bolso do trabalhador na ordem de 51,92%); a concessão de reajuste de 33,24% (elevando para R$ 3.845,63) o Piso Salarial do Magistério, com a devida retroatividade – conforme prevê uma Portaria Governo Federal publicada em fevereiro; e a revogação do artigo 2º do Decreto 6.520, de 9 de maio de 2011, que prevê desconto sobre a gratificação, mesmo em caso de faltas justificadas.
A greve é a manifestação maior da indignação dos servidores, tratados com total desrespeito pela gestão do prefeito Daniel Sucupira (PT). O SINDISETO se mantém firme na luta pelo direito dos trabalhadores e procura o diálogo desde o início do ano, mas todas as tentativas foram ignoradas pela Administração Municipal. E o prefeito, além de não receber o Sindicato (desrespeitando assim os trabalhadores, legitimamente representados pela entidade) abusa da incoerência, usando “dois pesos e duas medidas”: não cumpre a Lei, da Revisão Geral Anual e do Piso, mas para reajustar a alíquota previdenciária, de 11% para 14%, citou justamente a “obrigatoriedade de cumprir a Lei”.
Assim que a paralisação foi definida, uma Comissão de Greve foi instalada. O grupo ficou responsável por visitas aos locais de trabalho, para esclarecimentos e convocação dos companheiros, e agora será o elo entre os grevistas e o SINDISETO.
Fonte: SINDISETO