Centenas de servidores públicos municipais, com apoio dos profissionais da enfermagem e suporte dos servidores públicos estaduais, foram às ruas de Teófilo Otoni, na manhã desta terça-feira (8 de março), para protestar e exigir direitos básicos dos trabalhadores – nos casos, a revisão salarial geral anual para os funcionários da Prefeitura (que, apesar de obrigatória, não é concedida há anos), o reajuste no piso salarial do Magistério (conforme Portaria recente do Governo Federal) e o piso salarial da enfermagem (já aprovado no Senado mas ainda sem previsão de votação na Câmara Federal). A Manifestação começou com uma concentração, na Praça Tiradentes, e prosseguiu com uma passeata por várias ruas da cidade.

O SINDISETO (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teófilo Otoni) foi um dos principais protagonistas do Ato, organizando a participação dos trabalhadores desde fevereiro. No último dia 4 de março, o Sindicato recebeu em sua sede professores da rede municipal de ensino para tratar do assunto – e na ocasião ficou definido a paralisação das atividades escolares no dia da manifestação. Na manhã de segunda-feira (7 de março), durante participação no Programa Conexão 98, da Rádio 98 FM, os diretores do SINDISETO Alano Gomes (presidente) e Elizabeth Sena (secretária), além de convocar para o evento, cobraram publicamente um posicionamento dos cinco vereadores de Teófilo Otoni que são servidores públicos de carreira. Ato contínuo, os vereadores se reuniram com representantes do SINDISETO, na tarde do mesmo dia, na sede do Sindicato. Neste encontro foi proposta a realização de uma reunião entre Sindicato, representantes da Câmara de Vereadores e o prefeito Daniel Sucupira (PT), para discutir a pauta dos trabalhadores. Participaram da reunião os vereadores Eliane Moreira “da Assistência Social” (PT), Paulo Leite “da Junta Militar” (PCdoB), Professor Felipe Barbosa (PSD), Robertinho Crescêncio (PP) e Vânia Resende (Rede).

O histórico Ato deste 8 de março terminou com um protesto em frente à Prefeitura, direcionado ao prefeito. De volta à Praça Tiradentes, ouvindo o clamor da categoria a diretoria do SINDISETO propôs a realização de uma Assembleia Extraordinária, a ser realizada, na Porta do Sindicato, na próxima sexta-feira (11 de março), às 17h, já com indicativo de greve, caso as reivindicações não sejam atendidas.

“Foi um bonito ato conjunto do pessoal da Saúde, Educação e dos demais servidores municipais. Cada um com sua justa reivindicação: a revisão geral anual que não é paga desde 2016, o reajuste no piso dos educadores (que não está sendo pago nem pelo governador de Minas Romeu Zema e nem pelo prefeito de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira) e a aprovação do PL (Projeto de Lei) 2564, que regulamenta o piso salarial dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras”, resumiu o presidente do SINDISETO, Alano Gomes, que não se esqueceu de saudar todas as mulheres, neste dia que representa “a luta delas por direitos iguais”.

Fonte; SINDISETO