Arte: Reprodução/APEOC – Ceará

Na manhã de ontem, quinta-feira, 8 de abril, por volta das 9h, o servidor público municipal de Cruzília-MG, Sebastião Ferreira dos Santos (59 anos), foi brutalmente agredido por um cidadão que andava pela praça em frente ao cemitério municipal. Segundo testemunhas, o servidor foi se defender do ataque do animal de estimação do agressor, que partiu em ataque com murros e pontapés no trabalhador. Como consequência das agressões recebidas, Sebastião teve o nariz quebrado, sendo submetido à cirurgia e um exame de emergência por um oftalmologista, devido ao acúmulo de sangue nos olhos.

O agressor estava com seu cachorro, sem a devida proteção. De acordo com a população da área, o animal, frequentemente, avança ou ataca as pessoas, portanto não deveria andar sem a coleira.

O Sindicato dos Servidores Públicos da Região da Mantiqueira – Sismant entrará em contato com a prefeitura e a delegacia de polícia. Ainda se compromete a dar todo o apoio ao servidor. Não só ao Sindicato, mas a agressão revoltou a população, que clama por justiça.

Violência frequente

Nos últimos meses, não só em Minas Gerais, os servidores públicos vêm sendo atacados de diversas formas, por diferentes grupos da sociedade. São ataques nas entrelinhas e ataques explícitos. A situação está chegando ao ápice com agressões físicas, como visto no fatídico caso acima, em Cruzília.

Recentemente, em Juiz de Fora, foram vistas falas criminosas entre o vereador Sargento Mello Casal (PTB) e o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, durante uma live na noite do dia 26 de março, na conta do instagram do vereador. Entre as falas, havia incentivo à violência contra servidores públicos municipais e total descrédito ao importante papel do serviço público, alguns dos fatores que levaram a Feserp Minas se posicionar através de uma nota de repúdio.

Num momento tão difícil para a humanidade, as necessárias normas restritivas devido a pandemia da Covid-19, tem sido um motivador para pessoas de diversas esferas, colocar o desprezo pela vida, pelo funcionalismo público e pela ciência de forma impositiva e violenta. Cabe a nós do mundo sindical, mais uma vez na história, defender os direitos dos trabalhadores e lutar por uma sociedade justa, igualitária e, neste momento, saudável, fisicamente e psicologicamente.

Feserp Minas

Fonte: Sindicato dos Servidores Públicos da Região da Mantiqueira – Sismant