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Março, o mês das mulheres: Conheça Adrienne Alvarenga, vice-presidente da Feserp Minas e representante sindical do Sindsmi, histórica servidora pública e sindicalista

Para terminar com êxito a série de matérias para conhecer mulheres que movem o mundo sindical em Minas Gerais e são ou estão ligadas à Feserp Minas, mostramos um pouco da história de Adrienne Alvarenga, vice-presidente da Feserp Minas e representante sindical do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ijaci – Sindsmi. A sindicalista foi presidente do Sindsmi desde sua fundação, em 2006, até o último dia 16 de março, quando passou a ser representante sindical da entidade. São 15 anos a frente de um Sindicato, além de ser histórica ao ingressar no serviço público como motorista, em 2002, sendo a primeira e única mulher a assumir esse cargo na região.

Caminhos ao longo da trajetória são construídos, quase sempre, com um planejamento que vai sofrendo alterações com o decorrer da vida, a jornada de Adrienne evidencia essas mudanças. Acabou trabalhando pouco na função inicial de carreira, já que é bacharel em Ciências Contábeis, fato que contribuiu no convite que recebeu para auxiliar o Departamento de Recursos Humanos, onde permaneceu até 2004. Depois ficou afastada até meados de 2006 por conta de problemas médicos. No retorno às atividades como motorista, a Administração mudou o Estatuto e o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS). Foi esse o gatilho para os servidores públicos, prejudicados, se juntarem e formarem o movimento de luta. Orientada por um grande amigo (in memorian), iniciou o processo para a fundação do Sindsmi. Mais tarde, afastou-se para exercer a presidência da entidade e, em 2015, promoveu a primeira paralisação no município. Essa greve, à época, foi muito importante para os servidores municipais, pois tiveram a dimensão da importância da união por um objetivo comum. Hoje, aposentada, se mantém empenhada pela luta coletiva.

Sua relação com o sindicalismo iniciou intensamente através da fundação do Sindsmi. Repentinamente, passou de servidora comum para o forte engajamento na luta. Alguns meses após a fundação da Feserp Minas, conheceu o atual presidente, Cosme Nogueira, e outros diretores. Anos depois, insatisfeita com a falta de apoio dentro do Estado, ajudou a encabeçar o movimento Pró-Federação, “tenho imenso orgulho de saber de tudo que foi conquistado, das lutas, do suor, do abraço, da garra, da fé e do amor colocado em cada canto”, completou Adrienne.

O movimento feminista trouxe na sua evolução melhoras na relação de trabalho, como igualdade de direitos, segurança e respeito. Esses direitos e muitos outros foram contemplados na Constituição Federal de 1988. Mas, mesmo assim, ainda há muito que ser feito. “Sofremos discriminação e preconceito, não nos aceitam como líderes e em posições de comando. Frequentemente a gente vê mulheres sendo mortas, muitas por mostrarem a sua garra. Diante das nossas vitórias, precisamos ainda avançar na relação de respeito. É inaceitável na sociedade atual qualquer ação de discriminação e desrespeito, mas não nos faltará fé e esperança”.

Na sua declaração sobre o mês da mulher, Adrienne escolheu usar de uma refrência para passar sua mensagem:

“Vou aqui citar Che Guevara: ‘É preciso lutar todos os dias para que esse amor à humanidade viva se transforme em fatos concretos, em atos que sirvam de exemplo de mobilização’.”

Adrienne Alvarenga

Vice-presidente da Feserp Minas e representante sindical do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ijaci – Sindsmi