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Entidades cobram fiscalização e responsabilidade no retorno das aulas

Por Agência Sindical

O retorno presencial das aulas nas escolas tem preocupado profissionais da educação, alunos, pais e entidades sindicais. O aumento de casos de Covid-19 entre os envolvidos nas atividades escolares é visível e alarmante.

Na rede particular, instituições de ensino têm aumentado o limite de alunos presentes nas aulas. Colégios de São Paulo afrouxaram as regras e agora 70% das classes podem ser ocupadas, ante os 35% que são seguidos pelas escolas municipais.

Diante desse cenário, o Sindicato dos Professores na rede particular em São Paulo (Sinpro-SP) decidiu agir e fez pedido de fiscalização nos colégios particulares da Cidade. Em carta enviada ao secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, a entidade pede que as escolas cumpram imediatamente o limite de 35% de estudantes nas atividades presenciais.

Para o presidente da Federação da categoria no Estado de SP (Fepesp), Celso Napolitano, as instituições de ensino não têm como controlar o avanço da doença nas salas de aula. “As condições sanitárias nas escolas são precárias, até mesmo em escolas de elite onde já se registraram casos de contaminação e houve necessidade de suspender aulas. O numero de casos é crescente. Os professores e funcionários estão expostos à contaminação”, lamenta.

Manifesto – A Fepesp, que agrega os sindicatos de professores do ensino particular, junto com a Apeoesp, que representa os educadores do ensino público estadual, lançaram o Manifesto pela Vida dos profissionais de educação.

No documento, as entidades alertam que manter as escolas fechadas e dar continuidade às atividades de forma remota é imprescindível. “A concentração de pessoas nas unidades escolares facilita a infecção e a realidade de escolas públicas e privadas é que não oferecem condições estruturais”, diz a nota.

“Repudiamos as atitudes do presidente Bolsonaro, do governo do Estado de São Paulo, do prefeito da Cidade de SP e de outros governadores e prefeitos que agem ativamente no sentido de colocar em risco a vida de professores, estudantes, funcionários e seus familiares”, afirma o documento. “Sabemos que a aprendizagem se recupera. Vidas, não”, encerra o manifesto.

Mais – Clique aqui e leia o Manifesto pela Vida!