Centrais conseguem apoio do maior Sindicato da China para a vacina
Após fechar acordo com o governo venezuelano pra fornecer oxigênio hospitalar a Manaus, CUT, Força, UGT, CTB, CSB e NCST, que compõem o Fórum das Centrais Sindicais, reuniram-se com a Federação Nacional dos Sindicatos da China, a maior entidade sindical do mundo com 302 milhões de trabalhadores e 1,7 milhão de Sindicatos filiados.
Em mais uma ação humanitária e diplomacia de classe, ante a criminosa incompetência do governo federal, as Centrais destacaram nossas relações solidárias e apelaram à entidade chinesa pra interceder junto ao governo central local e abrir caminhos a fim de que o Brasil receba os insumos à produção de vacina anti-Covid-19 e ajuda humanitária à população da Região Norte.
A China tem o insumo essencial à produção da vacina, mas as relações diplomáticas com o Brasil ruíram em consequência dos ataques de Bolsonaro, do filho e do ministro das Relações Exteriores. Os sindicalistas chineses compreenderam a demanda das Centrais brasileiras e as enormes dificuldades que vivemos em nosso País.
“Vamos fazer todos os esforços pra levar a mensagem de vocês ao governo central e ao Partido Comunista sobre as necessidades imediatas do povo brasileiro decorrentes da pandemia”, garante An Jianhua, membro da Direção Executiva e secretário Internacional da Federação dos Sindicatos da China. A entidade ocupa a vice-presidência na Assembleia Popular, com influência junto ao governo Xi Jinping.
Segundo o líder chinês, a Federação está solidária ao “povo da floresta amazônica” e garantiu que a entidade oferecerá todo apoio para que a capital amazonense saia da crise sanitária imposta não só pelo vírus, mas também pela falta de oxigênio hospitalar.
“Nós também já conversamos muitas vezes com o governo pra falar que a maioria do povo brasileiro e as Centrais, que representam a classe trabalhadora, sempre mantiveram uma atitude amistosa em relação à China”, lembrou An Jianhua.
Ele agradeceu as Centrais brasileiras por terem enviado carta ao Congresso Nacional, em 2020, repudiando ataques de Bolsonaro, que prejudicaram as relações amistosas entre China e Brasil. “Quando fomos convidados pra essa reunião aceitamos de imediato, porque consideramos de suma importância esse intercâmbio”, afirma o sindicalista chinês.
Participaram a reunião online: Sérgio Nobre, Presidente da CUT; Miguel Torres, Força Sindical; Ricardo Patah, UGT; Adilson Araújo, CTB; José Calixto, NCST; Antonio Neto, CSB.
Reprodução: Agência Sindical