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Notícias

Feserp-MG apoia mobilização do Outubro Rosa, pela prevenção do câncer de mama

O Ministério da Saúde lança nesta quarta-feira (7), em evento online, a Campanha do Outubro Rosa 2020. A ação é um alerta sobre a importância da detecção precoce do câncer de mama, bem como para a prevenção da doença.

Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, criado, no início da década de 1990, pela Fundação Susan G. Komen for the Cure. A data é celebrada anualmente, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade. O INCA — que participa do movimento desde 2010 — promove eventos técnicos, debates e apresentações sobre o tema, assim como produz materiais e outros recursos educativos para disseminar informações sobre fatores protetores e detecção precoce do câncer de mama.

A Feserp-MG apoia amplamente a campanha.

Pandemia pode atrasar tratamento de câncer de mama

Levantamento feito pela Fundação do Câncer, com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS), revela queda de 84% no número de mamografias feitas no Brasil durante a pandemia do novo coronavírus, em comparação ao mesmo período do ano passado. A instituição constatou também em estudo do Observatório de Oncologia, que aumentou de 28 dias para 45 dias o tempo médio entre a primeira consulta com um especialista e o diagnóstico do câncer de mama entre 2014 e 2018. Na média do período, o tempo médio ficou em 36 dias.

A Fundação do Câncer lançou campanha Outubro+Que Rosa, estrelada pela atriz Catarina Abdalla. A campanha tem como mote o slogan “É tempo de…” e se divide em quatro focos:

É tempo de cuidar de si, ou seja, de ir ao médico ou fazer exames periódicos;

É tempo de ajudar o outro, seja compartilhando informações ou incentivando as pessoas no cuidado preventivo ou curativo;

É tempo de apoiar, seja cuidando de quem está doente ou fazendo uma doação para instituições que ajudam a combater o câncer;

É tempo de prevenção, ou seja, de falar sobre promoção da saúde e chances de cura da doença.

O diretor executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, ressaltou que a ideia é falar para as pessoas que o caminho para combater o câncer de mama está no cuidado e no diagnóstico precoces. “Isso é importantíssimo, especialmente nesse momento em que muitas pessoas deixaram de cuidar da saúde em função do isolamento social devido à pandemia da covid-19”.

Psiquiatra alerta para relação do câncer de mama com doenças mentais

O psiquiatra Joel Rennó, coordenador da Comissão de Estudos e Pesquisa da Saúde Mental da Mulher da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), disse que uma em quatro mulheres que recebem diagnóstico de câncer de mama acabam sendo mais vulneráveis a desenvolver um quadro de depressão. Segundo o médico, alguns tratamentos provocam gatilhos que podem ser estressores para o início ou até para piora de um quadro depressivo nessas pacientes.

O médico Joel Rennó alertou que nesse momento de pandemia do novo coronavírus (covid-19), muitas mulheres procuram tardiamente ou estão adiando seus exames de rotina. “Isso também acaba sendo um grande problema porque, às vezes, você pode não descobrir um estágio precoce do câncer de mama, que leva a um melhor prognóstico”.

Reconstrução mamária resgata autoconfiança de mulher mastectomizada

A reconstrução mamária é a expectativa de todas as mulheres que fazem mastectomia (cirurgia para retirada parcial ou total da mama afetada por câncer), para resgatar a autoconfiança. Antes de tudo, porém, é preciso estabelecer em que momento essa reconstrução deve ser feita. “Se vai ser feita de imediato, no momento da mastectomia, ou tardiamente”, disse o cirurgião plástico Fernando Amato, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

De imediato, a reconstrução pode ser efetuada diretamente com prótese de silicone, se houver preservação de pele. Amato explicou que, muitas vezes, quando ocorre a retirada de uma quantidade maior de pele, existe uma alternativa que é o uso de um expansor mamário, espécie de bexiga de silicone, colocado abaixo do músculo do peito. Nos retornos da paciente ao ambulatório pós procedimento cirúrgico, o expansor mamário vai sendo enchido com soro fisiológico, para ir esticando a pele e ganhando tecido.

Se não houver indicação para tratamento com radio ou quimioterapia, é programada para um momento mais conveniente a troca desse expansor por uma prótese de silicone. Fernando Amato salientou que existem também cirurgias que usam retalhos de gordura, pele, músculo de algum outro lugar do corpo para refazer a mama. “Um retalho muito utilizado é o grande dorsal, músculo que fica nas costas e é levado para a mama. A gente usa ele associado a uma prótese de silicone também. A prótese faz o formato e o volume e o retalho serve como uma cobertura para segurança da prótese”.