Na última quinta-feira, 17, as 11 Centrais Sindicais se mobilizaram para lançar campanha e abaixo-assinado para permanência do valor de R$ 600 no Auxílio Emergencial até dezembro. 

A campanha tem como objetivo pressionar Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, a pautar a Medida Provisória 1.000/2020, editada pelo presidente Jair Bolsonaro, no dia 3 de setembro. Na qual prorroga o benefício até dezembro, com o valor de R$ 300,00, ou seja, valor 50% menor. 

O Secretário-Geral da Central dos Sindicatos Brasileiros, Álvaro Egea, ressalta o impacto do valor na vida do cidadão: “o Auxílio Emergencial beneficiou entre 75 a 78 milhões de brasileiros. Cerca de 95% desse dinheiro foi gasto com comida, remédios e produtos de limpeza., movimentando  a economia dos pequenos municípios e comunidades pobres, girando a atividade de micro e pequenas  empresas”.

Até o momento, o texto da Medida recebeu 262 propostas de emenda de deputados e senadores. A maioria visa elevar a quantia do auxílio. Além das centrais, todo o mundo sindical precisa se unir para mudança desta MP. “O movimento sindical tem um profundo compromisso com todos os trabalhadores, empregados e desempregados, por isso desde março lutamos pelo auxílio emergencial. Bolsonaro queria um auxilio de R$ 200,00, as centrais sindicais juntas foram ao Congresso e pressionaram, conseguindo o benefício de R$ 600,00”, reforça Álvaro.

Neste período de crise e indefinições, a quantia foi essencial para muitas famílias brasileiras. Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese, mostram que o pequeno valor de R$ 600,00 tem um impacto de 2,5% do PIB e movimenta 45% da  economia do Nordeste. Números que evidenciam o impacto econômico, extremamente relevante para manter a atividade econômica aquecida.

Através do seu secretário-geral, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) faz um pedido para os sindicatos e diferentes organizações que lutam em prol do cidadão brasileiro:

“Fazemos um apelo para que todos os sindicatos e movimentos sociais se engajem    na adesão ao abaixo-assinado. Isso vai contribuir para criar um clima de forte pressão popular para o retorno do auxílio emergencial de 600 reais até dezembro. Vamos sensibilizar o Congresso para que vote em breve a Medida Provisória 1.000/2020. Além do abaixo-assinado, é importante realizar atividades de  divulgação física e nas mídias sociais dos sindicatos.”

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Veja na íntegra o documento das Centrais Sindicais e do Dieese