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Nem só de pão vive o homem

O debate que toma conta do momento se dá em torno do renda Brasil ou da implantação de um outro projeto que estabeleça uma renda mínima para pessoas carentes que estão abaixo da linha da pobreza, os atingidos pela queda da “ponte para o futuro” idealizada pelo grupo do PMBD ou MDB, liderados por Michel Temer, Moreira Franco, Elizeu Padilha e CIA LTDA, (lembrando que alguns deles foram presos).

E não podemos esquecer do senhor Rogério Marinho, ex-deputado federal e hoje ministro do governo Bolsonaro, este cidadão foi o criador da malfadada e diabólica reforma trabalhista, aprovada em 2017. Mas será que o povo já esqueceu? Dizem que o povo tem memória curta e esquece rápido do passado, mesmo que este passado seja recente, mesmo que o povo esqueça rápido, os números da economia atual do país nos fazem lembrar a cada vez que vamos ao supermercado fazer compras, basta conferir a alta de preços dos ítens que compõe a cesta básica, destaque para o arroz , óleo de cozinha, feijão e outros produtos como a carne. Mas carne é algo desconhecido da mesa dos trabalhadores neste momento.

A Reforma Trabalhista foi defendida, na época, por seus criadores, como um marco do início de um novo tempo para o Brasil, com crescimento econômico e geração de empregos e melhora nas condições de vida do povo brasileiro. Para dar certo o projeto, era preciso retirar direitos da classe trabalhadora e enfraquecer os sindicatos. Lembra do bordão que eles usam até hoje? “Trabalhador tem que escolher entre : ter direito e não ter emprego ou ter emprego com menos direito”.

Enganação, tudo isto foi uma balela, uma bravata e um golpe contra a nação, pois os resultados desta catástrofe estão ai para todos verem: aumento significativo da pobreza, desemprego em massa e a crescente alta da violência. Quando presenciamos as agencias da Caixa Econômica Federal superlotadas diante do número expressivo de pessoas que buscam receber o auxílio emergencial diante do quadro da pandemia, é fácil deduzir que estas pessoas migraram dos empregos formais pós reforma para o subemprego, com empresas fechando as portas, restou, para os trabalhadores ,a informalidade que não oferece nenhuma garantia, como é o caso dos vendedores ambulantes e trabalhadores de aplicativos.

Os cidadãos que estão desempregados e necessitando de auxilio do governo, hoje, são os atingidos pela reforma trabalhista de 2017, e compete ao governo assumir esta responsabilidade, elaborando um plano de combate à pobreza e à fome, nos quais as famílias recebam assistência imediata. O mais importante e urgente: se faz necessário que o governo mude o planejamento econômico, impulsionando o consumo interno, fazendo a economia girar para que o país volte a crescer e, com isto, a abertura dos postos de trabalho para recuperar a dignidade das pessoas.

Outro ponto urgente é a intervenção do governo para abaixar os preços dos gêneros de primeira necessidade. Aprovar um plano de socorro assistencial de combate à fome e à pobreza é prioridade, mas recuperar o poder de compra do cidadão brasileiro e fazer o Brasil voltar a crescer, com distribuição de renda, é imprescindível. Mais do que socorro emergencial, o trabalhador quer o seu emprego e a dignidade de volta, pois nem só de pão vive o homem

Cosme Ricardo Gomes Nogueira
Presidente da Feserp Minas