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Servidores contratados pela Secretaria de Educação são exonerados em Três Corações

Fonte: G1 / Foto: Reprodução EPTV

Cento e vinte e seis servidores contratados pela Secretaria de Educação de Três Corações (MG) foram exonerados. Segundo a prefeitura, dos 297 docentes contratados, 171 professores permaneceram.

Conforme a prefeitura, as demissões aconteceram devido à forte queda de arrecadação do município, o que provocou a impossibilidade de honrar a folha de pagamento desses servidores com contratos temporários.

Os professores e o sindicato reclamam que em nenhum momento foram avisados dessa possibilidade. Eles dizem que além dos professores, outros funcionários foram exonerados, em um total de 300.

Segundo a presidente do sindicato, ela chegou a procurar a prefeitura para falar sobre as possíveis exonerações, mas foi informada que elas não iam acontecer e agora todos foram pegos de surpresa.

A presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Lúcia Maria Felipe

“Em março deste ano, quando iniciou a pandemia, eu fui procurada por alguns servidores quando o Governo Federal editou aquela medida provisória que dava direito a governadores e prefeitos de dispensar os servidores contratados. Fui até a prefeitura, procurei e o que me foi informado e que não seria demitido ninguém, que a prefeitura não tinha esse interesse até então e que qualquer mudança, eles procurariam o sindicato e nos informariam sobre alguma alteração. Passou março, abril, maio, junho, nós ficamos tranquilos, quando foi agora fomos pegos de surpresa com essas demissões”, disse a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Lúcia Maria Felipe.

O sindicato disse que vai procurar o Ministério Público Estadual para saber sobre a legalidade dessas demissões.

Os professores também reclamam dessa falta de aviso e da forma como as demissões ocorreram, por videochamadas e mensagens de áudio em redes sociais. Dizem ainda que o ensino será prejudicado.

“Foi simplesmente um descaso, porque nós recebemos simplesmente uma ligação, uma mensagem de whatsapp, dizendo que a partir do dia seguinte o professor já era para procurar os Recursos Humanos, que já não tinha mais vínculo com a escola. Foi uma falta de compaixão em relação ao professor, porque o professor tem se dedicado tanto nesses últimos meses, anos e não teve valor na hora de ser mandado embora. Tem professor que perdeu seus dois cargos contratados e o auxílio emergencial do governo já acabou e tem professor que não tem como arcar com suas despesas”, disse o professor de educação física, Roberto de Oliveira Júnior.

Outra reclamação é por causa do investimento que eles tiveram que fazer para manter as aulas, como a compra de equipamentos.

“Não só eu, nós tivemos gasto com celular com memória maior para gravar aulas, com notebook, levamos a educação para dentro da nossa casa, a gente não foi à escola, nós trouxemos a escola para dentro das nossas casas e os nossos alunos? Eu recebo mensagem de aluno chorando, alunos se recusando a fazer atividades com professores que eles não conhecem. Essas crianças já estão tão sofridas, não só eles como nós nessa pandemia, e como eles vão entender o porquê da ‘tia’ não estar mais com eles. Nós não vamos nos calar, nós queremos o nosso emprego de volta”, disse a professora Jane Andrade de Oliveira.

Além dos professores, foram demitidos cozinheiros, motoristas e auxiliares de creches.

A prefeitura disse ainda que a verba para pagamento dos professores advinda do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Governo Federal, não é suficiente para cobrir toda a folha de pagamento e a prefeitura completa o saldo com recursos próprios, da arrecadação do município.

Assista à matéria na EPTV aqui.