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UNE e UBES recolhem assinaturas para adiamento do Enem

Estudantes brasileiros começam a partir desta segunda-feira, 11, a se inscrever no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), prova que dá acesso a algumas das principais universidades públicas e privadas do Brasil. No ano passado, 5,1 milhões de alunos se inscreveram.

Criado em 1998 ainda no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) como política para avaliar os conhecimentos de alunos do Ensino Médio, o Enem foi transformado na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no maior vestibular do país. Mas a pandemia do novo coronavírus jogou uma série de incertezas sobre o ecossistema de admissão das universidades e o futuro de milhões de jovens.

O Ministério da Educação (MEC) decidiu por manter o calendário do Enem, com provas marcadas para 1º e 8 de novembro. Mas pouca coisa é certa sobre a prova no momento, o que vem fazendo com que uma série de pesquisadores, professores, organizações e alunos passem a defender o adiamento do exame.

Com a evolução do coronavírus, não se sabe se até novembro a pandemia terá se dissipado a ponto de a prova ocorrer normalmente. O Brasil chegou a mais de 11.000 mortes e mais de 160.000 casos de covid-19.

Neste cenário, o governo ampliou o plano de provas digitais, cujos testes já estavam previstos para este ano — algo que nunca aconteceu em larga escala no Enem antes. Serão 100.000 vagas voluntárias em algumas cidades para fazer o Enem no formato digital, que ocorrerá em datas diferentes, nos dias 22 e 29 de novembro. O aluno deverá escolher se quer fazer o Enem digital na hora da inscrição.

Outro dos pontos mais sensíveis é o cancelamento de aulas presenciais desde o fim de março em todo o Brasil. Escolas das redes públicas e privadas têm precisado recorrer a modalidades de educação à distância (EaD).

Uma peça publicitária do MEC divulgada na semana passada recebeu críticas nas redes sociais por não levar em consideração as dificuldades de estudo impostas pela pandemia. Com o mote “O Brasil não pode parar”, o vídeo mostra quatro atores representando estudantes secundaristas incentivando o estudo à distância e pela internet. “Estude, de qualquer lugar, de diferentes formas. Por livros, internet, com a ajuda à distância dos professores”, diz uma das alunas.

Países em todo o mundo vêm atrasando exames nacionais similares ao Enem. Levantamento do Instituto Unibanco mapeou 19 países com provas parecidas com a brasileira e mostrou que só cinco decidiram por manter o cronograma estabelecido antes da pandemia. Países como China, Estados Unidos, Espanha e parte da Colômbia já adiaram suas provas.

Uma decisão da Justiça Federal de São Paulo chegou a impor adiamento do Enem, mas o MEC recorreu e a decisão foi revertida. Entidades como o Conselho Nacional dos Secretários de Educação e o Conselho Nacional de Educação também se manifestaram a favor da remarcação da prova. A Frente Parlamentar Mista de Educação no Congresso, que inclui nomes como a deputada Tabata Amaral (PDT-SP), tenta coletar assinaturas para um decreto legislativo que exija o adiamento do Enem.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, defende manter o exame. “Não desistam, estudem”, escreveu aos estudantes no Twitter no último dia 5 de maio.

Adia Enem

A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) estão recolhendo assinaturas on-line para o adiamento do exame, no movimento Adia Enem. Segue o texto do site.

“O Ministro da Educação e o presidente do INEP anunciaram no dia 31/03 (Terça-feira) a data do ENEM 2020 e, sem nenhuma sensibilidade para o momento que vivemos, optaram por manter o mesmo cronograma de realização das provas, para os dias 1 e 8 de novembro. Sabemos que todas as escolas e universidades estão com atividades presenciais paralisadas por recomendação dos órgãos e especialistas em saúde para preservar aquilo que é o mais importante, as vidas das pessoas.

Diferente do que diz o Ministro, é absurdo pensar que os estudantes estão em igualdade de condições nessa situação, e que atividades a distância poderiam solucionar o problema da suspensão das aulas. Muitos desses jovens sequer têm acesso às ferramentas necessárias para atividades virtuais, e mesmo que tivessem sabemos que o aproveitamento do ensino-aprendizagem fica fortemente em defasagem em relação às atividades presenciais.

Portanto, entendemos que esse não é o momento para divulgar o edital mantendo as datas pensadas anteriormente para o cronograma do ENEM. É momento de pensar soluções para preservar vida da nossa população no enfrentamento à pandemia, mas também para que os estudantes não sejam prejudicados no futuro.

Defendemos a suspensão do edital, e um novo debate sobre o cronograma do ENEM propondo o adiamento da aplicação das provas e buscando soluções para ajuste dos calendários em conjunto com a rede de ensino básico e de ensino superior brasileiras.”