Feserp-MG presta solidariedade aos familiares dos profissionais de saúde que perderam suas vidas
O amor à profissão acima de tudo. Pior que lutar contra um inimigo invisível é a convivência diária com o que é visível e não é resolvido, ou seja, a precariedade, a ausência de equipamentos de proteção e a falta de segurança nos locais de trabalho.
Esta é uma triste realidade que os profissionais de saúde estão vivendo pelo Brasil, e o drama é maior no setor público, pois mesmo antes do surgimento do coronavírus, a situação de precariedade já era visível nas unidades de saúde, quadro que agora se agrava de forma assustadora neste momento de pandemia.
As entidades sindicais já vinham denunciando o estado precário e as péssimas condições de trabalho nas unidades de saúde, porém as autoridades ignoravam as denúncias e pouco se fez para mudar o quadro, e o preço deste descaso são as centenas de vítimas fatais entre os profissionais de saúde neste curto tempo de pandemia.
O futuro é temeroso diante do agravamento da situação e pela ineficácia da gestão pública, que não consegue cumprir as regras de segurança e dar tranquilidade para os profissionais que estão na linha de frente. E, para piorar, as gestões públicas estão aproveitando o quadro de pandemia para retirar direitos e desmontar estruturas.
Se o poder público não é capaz de cuidar e preservar a vida dos profissionais de saúde, quem irá cuidar da população?
A direção da Feserp Minas denuncia o caos que os servidores públicos do setor da saúde estão vivendo hoje, Dia mundial em memória das vítimas de acidentes de trabalho, e podemos afirmar que o conjunto de trabalhadores e trabalhadoras estão trabalhando no mais alto nível de stress que um ser humano suporta.
As autoridades precisam urgentemente criar um plano de ações específicas direcionadas à segurança do trabalho para os profissionais de saúde, para que a tragédia não seja maior.
A Feserp Minas faz um alerta à sociedade sobre a grave situação que os servidores estão vivendo e presta solidariedade aos familiares dos profissionais de saúde que perderam suas vidas lutando contra o inimigo invisível, mas poderiam ter as suas vidas preservadas, caso o visível fosse resolvido.
Cosme Nogueira
Presidente da Feserp Minas