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Notícias

Morre o líder sindical ferroviário Raphael Martinelli

O líder sindical ferroviário Raphael Martinelli morreu, aos 95 anos, neste domingo (16), em São Paulo. O Núcleo de Preservação da Memória Política, do qual ele foi um dos fundadores, divulgou nota de pesar. Martinelli nasceu em São Paulo, na Lapa, em 16 de outubro de 1924. O velório será realizado em São Paulo. A causa da morte não foi informada.

Raphael Martinelli fez parte do conselho administrativo do Núcleo de Preservação da Memória Política. Nos últimos anos, foi advogado do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil e membro fundador e Presidente emérito do Núcleo dos Irredentos. O líder sindical começou a trabalhar aos 12 anos, tornando-se líder sindical no início da década de 1950. Foi candidato a deputado federal em 1958 pelo Partido dos Trabalhadores do Brasil (PTB). Entre os anos de 1959 e 1961, cumpriu seu primeiro mandato como presidente da Federação Nacional dos Ferroviários. 

Foi membro do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT) e participou da fundação da Ação Libertadora Nacional (ALN) ao lado de Carlos Marighela e Joaquim Câmara Ferreira, em 1967. Por conta de sua militância, já havia sido preso, em 1955, como líder sindical dos ferroviários. Atuando na clandestinidade, foi perseguido e preso novamente em 1970. Durante pouco mais dos três anos em que ficou preso, passou por outros centros de repressão como o DOI-Codi/SP e Deops/SP, onde foi submetido a torturas.

Na década de 1980, com o processo de redemocratização, formou-se em Direito e participou da fundação da CUT e do PT. Em 2001, foi um dos fundadores do Fórum dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo, instituição em que atuou por muitos anos como presidente.

“O Brasil perdeu um patriota que defendeu com coragem a classe trabalhadora e os excluídos da nossa sociedade. Tive o prazer de conhecer  o Raphael Martinelli pessoalmente, mas teve um momento inesquecível para mim, foi num evento da comissão da verdade, no qual Martinelli, Goldsmith Rianni, Ismael Antônio de Souza e outros companheiros juntos, narrando os episódios que, em sua maioria, não foram divulgados”, comenta Cosme Nogueira, presidente da CSB Minas e da Feserp. A Feserp Minas e seus sindicatos filiados lamentam a perda e prestam solidariedade aos familiares e aos amigos neste momento de dor.