A reunião para discutir o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT/2019) entre a Prefeitura e o Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos Municipais de Itabira ((Sintsepmi) terminou com uma proposta do governo de aumento salarial de 3,41%, referentes à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano passado.

No entanto, a proposta pode receber um acréscimo até segunda-feira. Isso porque os representantes da Prefeitura apresentaram a possibilidade de também conceder a reposição referente ao ano de 2017, pelo mesmo índice, medida 2,09%, totalizando 5,5% de reajuste salarial.

O sindicato entregou a pauta de reivindicações à Prefeitura ainda no ano passado. “Fizemos uma pauta extremamente enxuta, pedindo que o prefeito [Ronaldo Lage Magalhães – PTB] conceda apenas o reajuste da inflação do último ano, que foi de 13% e também que ele crie uma forma de instituir o pagamento parcelado dos reajustes da inflação dos últimos anos, que foi de 25%”, disse o presidente do Sintsepmi, Auro Roberto Gonzaga.

Durante as negociações, anteontem, a proposta de pagar reajustes atrasados foi sendo amadurecida. “A ideia inicial era conceder o reajuste de 2018 e um pequeno reajuste no cartão alimentação, que ainda estava na pauta de discussão. Chegamos a fazer as contas do reajuste do cartão também”, apontou o presidente.

“Só que o cartão alimentação tem aquele problema. É uma parcela dos servidores apenas que tem direito a receber e sempre fica uma outra parcela sem o benefício, quando o reajuste é só lá. Então, decidimos tentar ampliar, de alguma forma, para atender todos os servidores. A Prefeitura apresentou essa possibilidade de também dar a reposição de 2017, totalizando 5,5%”, declarou Auro Gonzaga.

Para que a reposição de 2017 também seja concedida, ainda seria realizada uma reunião interna da equipe econômica da Prefeitura para tratar do impacto financeiro da proposta. “Essa proposta deve acontecer em breve e a comissão de negociações nos pediu um prazo até segunda para apontar se será possível garantir também a reposição de 2017. Mas estamos confiantes porque sabemos que a Prefeitura tem condições de repor até mais do que isso. Afinal, a projeção feita pela própria Prefeitura já aponta para melhoria da arrecadação”, lembrou Auro Gonzaga.

A pauta de reivindicações dos servidores pedia a reposição da inflação de 2016 e 2015. O último reajuste concedido à categoria foi em 2014. “Mesmo não chegando ao que pedimos na proposta, vamos apresentar à assembleia o que eles nos ofereceram. A nossa intenção é fazer a assembleia na segunda-feira mesmo, assim que tivermos a garantia se será 5,5% de reposição ou 3,41%”, informou o presidente.