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Notícias

Primeiro de Maio, a expressão da indignação

O abismo que sempre separou a Classe Trabalhadora da elite patronal, chama-se exploração. Exploração do homem pelo homem, o lucro como justificativa das atrocidades praticadas pelos poderosos, ambiciosos contra os mais pobres durante toda a história da humanidade – pobres da cidade e do campo, homens e mulheres, adultos e crianças, brancos, negros ou índios, ou seja, para sustentar o luxo dos grandes impérios sempre existiam os escravos, que trabalhavam sobre tortura, e para sustentar o luxo dos senhores do engenho, lá estavam os negros escravizados, guiados pelas chibatadas da crueldade.

Nos dias de hoje, para sustentar as riquezas dos grandes monopólios, lá estão os operários da atualidade, que são escravizados pela tortura da flexibilização das leis trabalhistas, elaboradas por políticos insensíveis ao sofrimento humano e indiferentes aos gritos dos excluídos da sociedade.

O sentimento de indignação que hoje toma conta da Classe Trabalhadora, é a certeza de que os imperadores, senhores feudais, senhores do engenho, oligarcas e empresários poderosos nunca morrem, eles sobrevivem e renascem sempre no seio de uma casta de capitalistas que só visam o poder e o acumulo de fortunas, que para alcanças as suas metas, passam por cima de tudo, e suas atitudes criminosas não atingem somente o homem mais pobre, mas também o meio ambiente e o ecossistema, que estão sendo degradados pela ambição. Para esta casta, não existem limites.

Neste 1 de Maio, a Classe Trabalhadora deve sair as ruas para expressar a sua indignação contra os imortais do absolutismo. Trabalhadores e trabalhadoras, saiam as ruas para protestar contra a miséria e a fome que atinge os países mais pobres, miserabilidade financiada pelos países ricos, visto que onde há guerras, é porque alguém lucra vendendo armas, e se algum lugar há fome, sede e doenças, tem alguém se beneficiando desse flagelo.

Vamos protestar contra a violência e o assassinato de jovens em sua maioria negros, nas periferias das grandes cidades. Vamos protestar a favor do desarmamento. Vamos protestar contra esta Reforma da Previdência, que só vai beneficiar banqueiros. Vamos protestar a favor da liberdade dos professores e por uma educação de qualidade. Vamos as ruas lutar por um Sistema Único de Saúde forte e decente. Vamos as ruas,  defender uma Reforma Agraria discutida com a sociedade. Vamos as ruas para defender a participação popular nas esferas governamentais através dos conselhos representativos. Vamos protestar contra o desemprego crescente e o aumento do empobrecimento do Brasil. Vamos as ruas lutar contra a excludente de ilicitude, argumento que querem usar para justificar assassinatos contra o homem do campo e da cidade. Vamos as ruas expressar a nossa indignação.

Cosme Nogueira, presidente da Feserp-MG, Presidente da CSB Minas e Diretor da CSPB.