(Várzea da Palma – MG) – Reunidos em Assembleia, na noite desta segunda-feira (28 de janeiro), cerca de 200 servidores públicos municipais de Várzea da Palma não aceitaram o acordo que está sendo “costurado” entre a Prefeitura e a Promotoria Pública Estadual, para escalonar os salários nos três primeiros meses do ano. A primeira consequência desse acordo, não aceito pelo Sindicato, será sentida no dia 7 de fevereiro, quinto dia útil do mês, quando serão quitados os salários de janeiro. “Se a Administração Municipal pagar apenas 50% dos salários vamos nos reunir novamente e a tendência é partir para a greve”, avisa a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Várzea da Palma (SINDIPALMA), Vanessa Lúcia da Silva.

            Na assembleia de ontem, Vanessa Silva explicou a categoria que definitivamente o Sindicato não aceitou o acordo, ao contrário do que vem sendo propagado, de forma velada, tanto pelo promotor João Paulo Fernandes quanto pela Administração Municipal. “Isso é um desrespeito com os servidores, que não podem pagar pelos erros dos gestores. Caberia ao Ministério Público fazer o levantamento dos atos da Prefeitura, detectar os erros e propor soluções, nunca ajudar a penalizar o trabalhador”, afirmou o presidente da FESERP-MG, Cosme Nogueira.

            O acordo, que não satisfaz o trabalhador e que, nas palavras de Vanessa Silva, o Ministério Público e o Executivo “querem obrigar os servidores a aceitarem”, prevê no quinto dia útil de cada mês o pagamento de apenas metade dos salários, valendo para os meses trabalhados de janeiro, fevereiro e março – o restante viria na segunda metade do mês.