Breve Retrospectiva de 2018 IV – Abril: Onda de paralisações mostra insatisfação do servidor público
Em abril, a exemplo de março, uma onda de paralisações mostrou claramente a insatisfação do servidor público municipal em vários pontos de Minas. Em Pirapora, a greve iniciada em 19 de março só terminou no dia 18 de abril – e durante todo o mês os trabalhadores se mantiveram unidos e coesos, com atividades diárias (fotos 1 a 4), mesmo após o ato covarde da prefeita, de cortar o ponto dos grevistas – medida que mereceu uma nota de repúdio assinada também pela FESERP-MG, CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e CSPB (Confederação dos Servidores Públicos do Brasil). Ao final, mesmo suspendendo a greve, os servidores continuaram avaliando todas as formas de pressionar a Administração Municipal para garantir o cumprimento da pauta de reivindicações. “A vitória do movimento se deve à coragem dos servidores de Pirapora em realizar uma greve histórica, de 31 dias, e à direção do SINDIPIRA, pela bravura, determinação e liderança demonstradas”, enalteceu o presidente da FESERP-MG Cosme Nogueira, presente na histórica assembleia do dia 18 (foto 5).
Em Juiz de Fora, os servidores da AMAC (Associação Municipal de Apoio Comunitário) voltaram às ruas nos dias 10 (foto 6) e 17 de abril (repetindo paralisações feitas em 22 de fevereiro, 8 e 23 de março). Na pauta do movimento, reajuste salarial, vale transporte e vale alimentação, além da manutenção de direitos adquiridos como, por exemplo, a manutenção da data do pagamento (último dia do mês trabalhado ao invés de quinto dia útil do mês subseqüente). No segundo dia de protestos, uma Audiência Pública na Câmara Municipal (foto 7), para defender o atual modelo de assistência social da cidade e protestar contra o processo de Chamamento Público.
Em Teófilo Otoni, a paralisação, no dia 23 (foto 8), foi em protesto contra o impasse nas negociações entre o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDISETO), presidido por José Antônio Esteves Guedes, e a Prefeitura em torno de várias reivindicações da categoria: recomposição salarial; pagamento de adicional de insalubridade; pagamento do Piso Nacional da Educação; regularização dos contratos dos ACSs (Agentes Comunitários de Saúde) e dos ACEs (Agentes de Combate às Endemias); pagamento do PMAQ (Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica); melhoria das condições de trabalho e fim das gratificações e dos privilégios para apadrinhados políticos. A FESERP-MG marcou presença na cidade com o presidente Cosme Nogueira, que estava acompanhado do vice-presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (SINSERPU-JF) Ivan Expedito Catarina.
Em Caratinga, graças ao trabalho consistente da atual diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Caratinga (SINDSERC), os professores da rede municipal de Ensino da cidade conquistaram o reajuste no Piso Nacional do Magistério. “Foi uma bela vitória, sobre algo que a categoria há muito queria, e os efeitos são retroativos a primeiro de janeiro”, comemorou a presidente do SINDSERC, Bruna Ribeiro da Silva – na foto 9 ao lado do presidente da FESERP-MG, Cosme Nogueira.
Em Catuji, por apenas três votos de diferença (48 a 45), a Chapa 2 venceu as eleições para a nova diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDSCATU), em pleito realizado no dia 22. Com isso, a entidade passa a ser presidido por Osmar “Mazinho” Fernandes dos Santos – na foto 10, de verde, ao lado das diretoras do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teófilo Otoni (SINDISETO) Luzia Souza Marques e Adriana Lima Camargo, que acompanharam o processo.
No inicio do mês, dia 3, o presidente da FESERP-MG, Cosme Nogueira, participou de um Seminário sobre a Reforma Trabalhista (“efeitos e orientações práticas após a implementação da Lei 13.467”), promovido, em Vitória (ES), pela CSB e a FESPUME-ES (Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais do Estado do Espírito Santo) – foto 11.