A FESERP-MG (Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos de Minas Gerais) repudia com veemência a nota das associações dos municípios da Área Mineira da SUDENE (AMAMS) e da Bacia do Médio São Francisco (AMMESF), cujo teor tenta criminalizar o movimento sindical. O documento, assinado pelos presidentes das associações Marcelo Felix Alves de Araujo (prefeito de Januária) e José Raul Reis (de Lagoa dos Patos), “alerta” a população para a “postura incorreta” do “setor sindical da classe dos servidores públicos e especificamente do município de Bocaiúva”, que estariam, com “viés político-partidário”, tentando “comprometer as administrações municipais”.

A Nota das associações, no entanto, omite as razões da postura corretíssima dos sindicatos: cobrar salários em dia, reajustes, melhores condições de trabalho e dignidade, entre outras coisas. Além de pedir uma gestão mais transparente e responsável, respeitando, como exemplo, a Lei de Responsabilidade Fiscal e não contratando tantas pessoas por critérios políticos.

“A manifestação das associações é claramente uma tentativa de intimidação. Inaceitável sob todos os aspectos, pois os sindicatos cumprem um papel muito importante, inclusive na busca de soluções para a crise nas prefeituras citada pela Nota. Repudiamos essa e qualquer outra tentativa de criminalizar o movimento sindical e a FESERP-MG, juntamente com a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), estará atenta a essa prática, que julgamos ultrapassada e nefasta”, afirmou Cosme Nogueira, presidente da FESERP-MG e da seccional Minas Gerais da CSB.