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Deu na Mídia II – AMAC/JF estende paralisação até sexta-feira

Fonte: Jornal Tribuna de Minas, Juiz de Fora (MG), edição de quinta-feira (21 de junho de 2018)

A Associação Municipal de Apoio Comunitário (AMAC) segue com a paralisação das atividades até sexta-feira (22 de junho). Neste período, apenas os serviços das casas de acolhimento 24 horas e de pernoite no albergue serão realizados. A partir de segunda-feira (25 de junho), os funcionários irão retornar com todas as atividades em horário normal, mas em estado de greve, sinalizando que o movimento pode ser deflagrado a qualquer momento. A decisão foi tomada pelos trabalhadores durante assembleia realizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos (SINSERPU), na quarta-feira (20 de junho), em frente à Câmara Municipal de Juiz de Fora, onde o grupo solicitou o apoio do Legislativo nas negociações com a Prefeitura. A instituição corre o risco de perder 284 empregos a partir da assinatura dos novos contratos com a Administração, em julho, previstos pelo processo de chamamento público. De acordo com a AMAC, o orçamento determinado nos documentos é 40% menor do que o recurso utilizado hoje para a prestação de serviços da assistência social na cidade. O dinheiro também não seria suficiente para o pagamento das verbas rescisórias dos empregados demitidos.

A paralisação dos trabalhadores da AMAC foi iniciada na última segunda-feira (18 de junho). Nesta quarta-feira, no terceiro dia da mobilização, o grupo realizou uma concentração na Praça da Estação, no Centro, e seguiu em passeata até o Parque Halfeld chamando a atenção da população para a causa. Paralelamente, a direção da instituição se reuniu na sede da Prefeitura com os titulares das secretarias de Administração e Recursos Humanos (SARH), Fazenda (SF), Educação (SE) e Desenvolvimento Social (SDS) para discutir a situação. De acordo com a assessoria da Amac, após o encontro, a direção da instituição “entendeu que a Prefeitura quer avançar para conseguir uma solução digna”.

Legislativo confirma apoio à AMAC

Após a manifestação em frente à Câmara Municipal, os trabalhadores da Amac conseguiram espaço na reunião ordinária dos vereadores. O presidente do SINSERPU, Amarildo Romanazzi, pediu apoio do Legislativo nas negociações com a Prefeitura. “Nós viemos fazer um apelo a esta Casa para que faça o elo nestas negociações. Queremos a participação do prefeito Antônio Almas (PSDB) neste diálogo. Nós estamos falando de quase 300 pais e mães de família que podem ficar sem emprego. É um prejuízo para a população e para o trabalhador.” Ele também solicitou que a comissão formada pelos vereadores Roberto Cupolillo (Betão – PT), Carlos Alberto Mello (Casal – PTB), Júlio Obama Júnior (PHS) e Marlon Siqueira (MDB) com a proposta de auxiliar em discussões anteriores sobre a Amac possa assumir esta causa.

O presidente da Casa, Rodrigo Mattos (PHS), confirmou que o Legislativo irá auxiliar no diálogo com a Prefeitura e propôs que o corpo jurídico da AMAC elabore uma proposta sobre a questão do chamamento público para que comecem as negociações com o Executivo. Destacando que a perda de 284 empregos representa demissão em massa, Betão também afirmou que a comissão está aberta a intermediar o diálogo entre as partes.

Texto: Gracielle Nocelli; foto: Marcelo Ribeiro

Amac tribuna 20.6.18