(Juiz de Fora – MG) – O presidente da FESERP-MG, Cosme Nogueira, participou na noite desta sexta-feira (6 de abril) de um ato público contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – denominado “Estamos com Lula e vamos com ele até o fim”. Os manifestantes se reuniram nas escadarias da Câmara Municipal e depois percorrem algumas ruas do centro de Juiz de Fora. “A prisão de Lula é a criminalização da esquerda e dos movimentos sociais no Brasil. E para isso foi usado um discurso mentiroso, de que a Justiça é para todos – o que não é verdade, pois não estamos vendo o mesmo tratamento da Justiça com outros políticos que já acumulam contra eles provas de envolvimento com a corrupção”, disse Cosme Nogueira, citando casos clássicos de impunidade: a mala de dinheiro do Rodrigo Rocha Loures (assessor do presidente Michel Temer/PMDB), a manutenção do mandato do senador Aécio Neves/PSDB (mesmo depois das conversas comprometedoras do político mineiro com Joesley Batista, da JBS). “Por que o senador Romero Jucá ainda não foi preso? Por que os comparsas de Temer (Coronel Lima e Jose Yunes) foram soltos? Por que o ex-governador de Minas Eduardo Azeredo (PSDB) também não está preso? Por que as delações que incriminam os políticos do PSDB não ganham a mesma agilidade de ação que teve no processo contra Lula?”, questionou o presidente da FESERP-MG

Em seu discurso, Cosme Nogueira avaliou que Lula está sofrendo preconceito, pois as “elites e o capital internacional não querem que alguém combata e diminua as desigualdades sociais”, como fez o ex-presidente. No fim, o presidente da FESERP-MG (também presidente da seccional Minas Gerais da CSB/Central dos Sindicatos Brasileiros e diretor da CSPB/Confederação dos Servidores Públicos do Brasil) alertou para os perigos pelos quais corre a Democracia: “O primeiro golpe foi tirar a presidente Dilma Rousseff do poder; depois deram um golpe nos trabalhadores, com a Reforma Trabalhista; e agora o golpe contra Lula. E amanhã, qual será o próximo golpe? Será que vão adiar as eleições?”.