(Pirapora – MG) – Com a força dos auxiliares de serviços gerais (funcionários de escolas, creches, do cemitério e setor de obras, entre outros setores), os funcionários públicos municipais de Pirapora entram, nesta quinta-feira (5 de abril), no 18º dia de greve. A continuidade do movimento, iniciado no dia 19 de março, foi decidida em Assembleia (fotos) realizada nesta quarta-feira (4 de abril).

“Atualmente os auxiliares de serviços gerais, sem exceção, trabalham em condições precárias, com sobrecarga de trabalho pela falta de funcionários, em decorrência de aposentadorias, readaptação de servidores e da Prefeitura não ter dado posse aos aprovados nos últimos concursos públicos. Com isso, há necessidade de se disponibilizar funcionários em caso de ausência por questões de doença ou outros motivos. Quando um servidor precisa se ausentar, outro servidor tem que trabalhar dobrado, sem nenhum aumento de remuneração, para atender a demanda de cada creche e escola”, contou a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pirapora (SINDIPIRA), Ernaldina “Dina” Sousa Silva Rodrigues.

Para a sindicalista, os auxiliares de serviços gerais vêm sendo discriminados. “Eles precisam de Vale Transporte, independente da jornada de trabalho que exercem (conforme a Lei 7.418, que instituiu esse benefício ao trabalhador), do pagamento do adicional de insalubridade ou periculosidade (aqueles que exercem atividades insalubres e periculosas, como, por exemplo, as atribuições de coveiro), e de condições básicas de trabalho (equipamentos de proteção individual e até materiais de limpeza e higiene)”, enumera a presidente do SINDIPIRA. “Isso sem contar a exploração do trabalho desumano e a prática do assédio moral. Há relatos de que os servidores do setor de Obras são expostos a situações de perigo iminente, sendo transportados na carroceria aberta de caminhão, em flagrante violação às normas de proteção dos trabalhadores”, completa Ernaldina Rodrigues.