(Belo Horizonte – MG) – Há exatos quatro anos – no dia 28 de março de 2014, portanto – era inaugurada a sede da FESERP-MG em Belo Horizonte. Desde então, o espaço, um escritório/pousada localizado na Avenida Bernardo Vasconcelos, 1252-A, Bairro Cachoeirinha, vem cumprindo a sua missão de auxiliar os integrantes dos sindicatos filiados. Diariamente, sindicalistas de todas as partes de Minas que estão na capital mineira a trabalho tem ali um “porto seguro”, pois a sede é dotada de toda a estrutura possível: dormitórios feminino e masculino, copa, cozinha, lavanderia e internet – além do escritório de assessoria jurídica. “Essa nossa sede em Belo Horizonte é um grande diferencial da FESERP-MG. Ficamos felizes em olhar para trás e constatar que acertamos em proporcionar essas possibilidades aos nossos filiados, que afinal merecem. Minas Gerais é um Estado muito grande e muitas vezes os dirigentes sindicais das entidades filiadas à Federação não conseguem voltar às suas cidades no mesmo dia. E não ficam desamparados, usufruem da sede e ainda economizam os recursos que seriam gastos em hotel”, comemorou o presidente da Federação Cosme Nogueira.

A inauguração da sede, há quatro anos (foto), contou com a presença de dirigentes da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), capitaneados pelo presidente Antônio Neto, da CSPB (Confederação dos Servidores Públicos do Brasil), de autoridades locais e de representantes de 35 sindicatos filiados à FESERP-MG (à época eram 55 no total, hoje são 91).

A sede leva o nome do legendário sindicalista brasileiro Clodesmidt Riani, que dedicou toda a sua vida à defesa dos direitos e das liberdades civis dos trabalhadores. Sua extensa militância sindical começou em 1949, em uma comissão de trabalhadores que discutiu os salários e benefícios das Empresas de Carris Urbano de Juiz de Fora. Em 1964, ano do Golpe Militar no Brasil, era presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias (CNTI), do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), do Comando Estadual dos Trabalhadores do Estado de Minas Gerais (CET), e membro- adjunto do Bureau Internacional do Trabalho (de Genebra-Suíça). E também deputado estadual, pelo PTB, desde 1954. Foi preso e torturado pelo Regime Militar e teve seus direitos políticos e sindicais cassados. Condenado pelo Conselho Permanente da Justiça Militar a uma pena de 17 anos de reclusão, em regime fechado, passou cinco anos e nove meses na cadeia. Com a abertura política, em 1979, retomou as atividades sindicais e políticas, retornando à Assembléia Legislativa de Minas Gerais, como deputado estadual, em 1982.