Servidores de Itabirito protestam na Câmara contra ofensas de vereador e reivindicam reajuste salarial
(Itabirito – MG) – A reunião da Câmara de Vereadores de Itabirito ontem (segunda-feira, 5 de março) foi marcada pela presença dos servidores públicos municipais, que, convocados pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itabirito (SINDSEMI), lotaram a área de galeria com o objetivo de protestar contra o discurso feito na semana passada pelo vereador Renê Butekus (PSDB). Segundo ele, há meia dúzia de “servidores efetivos bandidos” que estariam juntos com o sindicato fazendo oposição ao prefeito Alex Salvador (PSD).
Em protesto, dinheiro falso foi jogado no plenário quando Renê Butekus começou seu discurso. A maioria do expressivo número de servidores estava de roupas pretas. Faixas foram colocadas nos vidros do parapeito da galeria repudiando também uma fala do prefeito Alex Salvador, que chamou alguns concursados de “picaretas” em entrevista a uma emissora de rádio da cidade, bem como contra a fala de Renê. Outra faixa lembrava a legitimidade do reajuste reivindicado pelo servidor – há cinco anos a maioria dos servidores públicos municipais está com os salários congelados.
Os servidores tiveram apoio de vários vereadores. “É legítima a reivindicação do funcionalismo”, disse Ricardo Oliveira (PPS), que nas últimas reuniões tem defendido a categoria e lembrou que em Ouro Preto (MG) – cidade vizinha – o “vale cesta” é de R$ 500, sendo que em Itabirito é de R$ 100. “Os funcionários são concursados e foram aprovados por mérito. Merecem, no mínimo, respeito”, continuou Léo do Social (PHS). “Não sou picareta e não sou bandida”, completou Rose da Saúde (PSDC), funcionária concursada da Prefeitura.
No fim, duas propostas: Arnaldo Pereira (MDB) quer a criação de uma comissão, com a participação do Legislativo, para discutir a situação do reajuste com a Prefeitura, e Edson Gonçalves (PRB) – único vereador da base do prefeito aplaudido pelos servidores – se propôs a, como advogado, ajudar a encontrar uma solução jurídica para o impasse.
Fonte (inclusive foto): Site “Minuto Mais”