Breve retrospectiva de 2017 IV – Abril: Um Mês de Lutas
Diante da então iminente perda de direitos com as Reformas da Previdência e Trabalhista, e com a já aprovada Terceirização, a FESERP-MG, com o apoio da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), convocou todos os sindicalistas de entidades filiadas e de sindicatos parceiros para que abril ficasse marcado como “um mês de lutas”.
A convocatória da FESERP-MG começou com um banner (foto 1) e duas peças produzidas pelo presidente Cosme Nogueira: um artigo e um vídeo. E prosseguiu com atividades em cada município, novos materiais e caravanas a Brasília, além de outras ações: manifestações em praças públicas e feiras livres, passeatas com cartazes, panfletagens, fechamentos de ruas, estradas e rodovias, e o mapeamento do endereço dos deputados e senadores em suas cidades e regiões, exigindo deles o voto contrário à retirada de direitos. E essas atividades tiveram uma dupla finalidade: o enfrentamento permanente e a preparação para a grande greve geral, do dia 28 de abril.
A primeira manifestação nesse sentido aconteceu no dia 2, em Cruzília, quando Diretores do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da Região de Mantiqueira (SISMANT) – que engloba as cidades de Aiuruoca, Cruzília, Heliodora e Natércia – realizaram uma panfletagem contra a PEC 287, que trata da Reforma da Previdência, na porta da Igreja Matriz (foto 2). E prosseguiu, com atos similares, em Itabira (no dia 4), Monte Alegre de Minas (também no quarto dia do mês) e em Leopoldina (no dia 7).
O dia 12 foi o Dia do “Fechô geral” (foto 3). Data escolhida para fechar rodovias, estradas e ruas, em protesto contra a Reforma da Previdência e em repúdio à terceirização. As principais ações aconteceram em Governador Valadares (foto 4, onde sindicalistas da Região Leste de Minas e do Vale do Mucuri ligados à FESERP-MG fecharam um trecho da BR 116/Rio-Bahia), Carmo da Cachoeira, na BR 381/Rodovia Fernão Dias (foto 5, com participação de representantes dos sindicatos de Ijaci, Lavras, Nepomuceno, Oliveira e São Lourenço), Leopoldina (foto 6, também na Rio-Bahia), Juiz de Fora (perímetro urbano, foto 7) e Paracatu (foto 8).
Em meados do mês, a FESERP-MG levou uma delegação de sindicalistas (39, de 16 cidades) a Brasília para atos de protesto contra as reformas da Previdência e Trabalhista e em repúdio à Lei da Terceirização.
No dia 18, quatro atividades: uma Audiência Pública sobre a Reforma Trabalhista, na Comissão de Legislação Participativa da Câmara Federal (foto 9), panfletagem, visitas aos gabinetes dos deputados e participação em Ato Público dos policiais (civis, rodoviários e federais de vários estados e do Distrito Federal), realizado no gramado em frente ao Congresso Nacional (foto 10).
O dia seguinte, mais intenso ainda: pela manhã 39 sindicalistas se dividiram em grupos. Uma parte fez panfletagem nos ministérios (foto 11), a outra parte fez atividade similar nos arredores do Congresso Nacional (foto 12); na parte da tarde os militantes promoveram um Ato Público em frente ao Congresso (foto 13), e à noite presença na Câmara Federal, para tentar impedir que a Reforma Trabalhista voltasse à pauta.
E no dia 28 aconteceu a grande Greve Geral, quando os trabalhadores deixaram claro o descontentamento com as reformas do Governo de Michel Temer, com grandes manifestações, com participações fundamentais dos sindicatos ligados à FESERP-MG, em Juiz de Fora (foto 14), Águas Formosas (15), Barroso, Campina Verde (16), Canápolis (17), Gameleiras, Governador Valadares (18), Guapé, Ijaci, Ipanema (19), Itabira (20), Itabirito, Lavras (21), Leopoldina, Manhuaçu (22), Matias Barbosa (23), Monte Alegre de Minas (24), Nova Serrana (25), Paracatu (26), Patos de Minas (27), Pirapora (28), Ponte Nova (29), Recreio, São Lourenço, São João Nepomuceno (30), São Sebastião do Paraíso (31), Teófilo Otoni (32), Uberlândia (33) e Varginha (foto 34).