Em assembleia realizada no último dia primeiro, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (SINSERPU-JF) apresentou à categoria o ofício da Secretaria de Administração enviado ao sindicato sobre o posicionamento dos gestores com relação à negociação salarial. O encontro teve um número expressivo de servidores efetivos, que consagrou a recusa da oferta da Administração. Mas também contou com uma gama surpreendente de comissionados, que, a despeito da desconfiança dos demais, cumpriu a missão determinada pelos gestores de votarem a favor das propostas governistas. Perderam.

Apesar da divisão entre contrários e favoráveis à oferta da PJF, a assembleia ocorreu em clima tranqüilo, defendido pelo presidente Amarildo Romanazzi logo na abertura do evento. “É preciso que cada companheiro respeite o posicionamento do colega ao lado, mesmo não concordando com ele. Isso é democracia,” alertou Amarildo.
Sob a velha alegação de crise financeira, os gestores mais uma vez dão as costas para os servidores e voltam a negar sua valorização. A proposta salarial apresentada é de 0,5% retroativo a janeiro de 2017 (não cumulativo) e a diferença para se chegar aos 4,96% (IPCA) somente em dezembro.
O vale alimentação, conforme a oferta da PJF, seria reajustado em 7, 28%, indo para R$230, sem retroatividade. Já o processo seletivo em andamento seria mantido, mas não haveria homologação ou nomeação.
Como as propostas foram recusadas pela maioria, o SINSERPU-JF voltará à mesa de negociações, buscando avanços, caso contrário, a proposta sindical é de mobilização da categoria, com manifestações públicas por um reajuste digno.
A assembléia aprovou, ainda, o acompanhamento do SINSERPU-JF às determinações das centrais sindicais sobre as lutas contra as reformas da Previdência e das leis trabalhistas propostas pelo governo ilegítimo em andamento no Congresso Nacional.
(Texto e fotos: Imprensa do SINSERPU-JF)