Reforma da Previdência – Presidente da FESERP destaca valor da “voz das ruas” na reação ao projeto
(São Paulo – SP) – Ao final do Seminário sobre a Reforma da Previdência, realizado em São Paulo (SP) nesta terça e quarta-feira (7 e 8 de fevereiro), representantes das nove centrais sindicais do país discutiram os próximos passos diante das propostas enviadas pelo Governo Federal ao Congresso Nacional. Falando pela CSB, da qual é diretor de Formação Sindical, o presidente da FESERP-MG, Cosme Nogueira, sugeriu uma mobilização vinda das bases. “Que a Reforma da Previdência é mais que uma reforma, é um desmonte ninguém duvida mas são as ruas que vão nos dizer (a nós dirigentes das centrais) o nível do embate. Temos que fazer plenárias municipais, regionais, estaduais e ganhar as ruas, e também trazer os jovens para o debate”, afirmou, acrescentando que o momento é de união acima de tudo entre as entidades sindicais: “As diferenças tem que ser sanadas, as divergências deixadas de lado”.
Nas visões das outras centrais, houve de defesa da derrubada do Governo a pedidos de negociações com o Poder Legislativo (deputados e senadores), passando por orientação para uma greve geral em março. Estavam presentes à mesa CSB, CGTB, CSP-Conlutas, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical, Nova Central e UGT – coordenados pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). Uma nova reunião entre os sindicalistas, com a divulgação das ações, está prevista para semana que vem.
Durante os dois dias do Seminário, nas palestras, debates e conversas entre os participantes, não ficou nenhuma dúvida, foi unanimidade: A Reforma da Previdência é danosa para a população brasileira e sua aplicação vai prejudicar enormemente a classe trabalhadora. E ficou claro também que é preciso unidade e força para combater o projeto, com a necessidade, como disse Cosme Nogueira, de “ganhar as ruas”, ou seja, esclarecer a população sobre as mudanças na vida de cada um, para pior, se a Reforma da Previdência passar no Congresso. Entre outras questões, a Reforma da Previdência prevê o aumento da idade mínima e do tempo de contribuição para se aposentar, a unificação das regras para homens e mulheres, a não distinção entre trabalhadores urbanos e rurais e entre aqueles que trabalham instituições públicas e privadas, a proibição de acúmulo de benefícios e as mudanças no cálculo das pensões.
Além de Cosme Nogueira, os diretores financeiros da FESERP-MG Amarildo Romanazzi da Fonseca, de Juiz de Fora, e Airton Ribeiro, de Varginha, também participaram do Seminário e assistiram a seis palestras sobre o tema.
VEJA abaixo, em vídeo, trechos da participação do presidente da FESERP-MG Cosme Nogueira, representando a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), no encerramento do Seminário.