Em JUIZ DE FORA, o movimento começou no dia primeiro, com uma multidão de servidores públicos municipais nas ruas (foto 1), e se consolidou no dia 15, com o efetivo início da greve. Os trabalhadores reivindicavam uma reposição salarial de 7.19% (conforme havia sido combinado anteriormente com a Administração Municipal), referente a um “resíduo” do índice inflacionário dos últimos dozes meses – e a Prefeitura só oferecia 3,25%. Como não acontecia há muito anos, os sete sindicatos da cidade (entre eles dois filiados à FESERP-MG: SINSERPU-JF e SINAGUA-JF) compuseram o Forum Unificado. No dia 27, os servidores se reuniram para suspender a greve e celebrar a vitória do movimento: reposição salarial de 7,19% (parcelados), abono dos dias parados e aumento do ticket-alimentação também no patamar de 7,19%.

Movimentos de insatisfação também foram registrados em ITABIRITO (onde os servidores públicos municipais voltaram às ruas no dia 16, em protesto contra a morosidade da Prefeitura em responder as propostas apresentadas pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itabirito/SINDSEMI – foto 2), GURINHATÃ (sem receber salários havia dois meses e ainda sem o décimo-terceiro salário de 2015, os trabalhadores cruzaram os braços no dia 27 – foto 3), SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO (por conta do descumprimento, por parte da Prefeitura, de itens do acordo feito em abril) e em ITAMARATI DE MINAS, cidade da base do Sindicato dos Servidores das Prefeituras e Câmaras Municipais de Cataguases, Astolfo Dutra, Santana de Cataguases, Itamarati de Minas, Dona Euzébia, Recreio, Ubá e Região/SINSERPU (onde os professores da rede municipal de ensino fizeram, durante toda a segunda quinzena do mês, uma paralisação progressiva das atividades, reduzindo gradativamente a carga horária nas escolas, reivindicando, pelo menos, a aplicação de 11,67%, que elevaria o piso para R$ 1.290 – foto 4).

Durante praticamente todo o mês de junho (de 4 a 24) representantes de diversos sindicatos filiados à FESERP-MG e à CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), participaram em São Paulo (SP) da campanha da Chapa 1 nas eleições do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (SINDPD), encabeçada por Antônio Neto, presidente da CSB – foto 5. Estiveram na capital paulista, em dias alternados, o presidente da FESERP-MG, Cosme Nogueira, e representantes dos sindicatos dos servidores de Matias Barbosa (o vice-presidente Wallace Reis), Lavras (o presidente Euisles “Willian” Rodrigues), Nova Serrana (diretoras Gelcira Vieira Cordeiro e Jéssica Teodoro), Varginha (presidente Airton Ribeiro e vice-presidente Claudio Borges do Espírito Santo), Juiz de Fora (Ivan Expedito Catarina) e Carandaí (o presidente Carlos “Betinho” Alberto Lucas). O trabalho deu resultado. Com larga vantagem (4.203 votos contra 634 dados ao adversário) a Chapa 1 venceu as eleições.

Em PARACATU o Sindicato dos servidores questionou precariedades na gestão da saúde no município, entre elas as posses dos servidores da área de saúde que estão trabalhando como contratados e o Banco de Horas (pois existem servidores “dobrando” com vários plantões, alguns com acúmulo superior a mil horas).

Já os sindicatos de ITABIRA e TEÓFILO OTONI proporcionaram aos agentes de saúde das respectivas cidades idas a Brasília (DF), para protestar contra a Portaria Ministerial 958, que prejudica a categoria ao excluir a obrigatoriedade dos ACS (Agentes Comunitários de Saúde) de compor as equipes do Programa Saúde da Família (PSF), prevendo a possibilidade de troca deste profissional por um técnico de enfermagem. A luta deu resultado e, no dia 9, o Ministério da Saúde suspendeu a aplicação da Portaria.   

No final do mês duas novas filiações à FESERP-MG: os sindicatos dos Servidores Públicos Municipais de Mateus Leme (SINDSERP) e de Juatuba (SINDSERJ), ambos presididos por Calmelícia Antônia da Silva.