Prenunciando um ano difícil, de enfrentamentos, 2016 começou com greve em CARMO DO RIO CLARO, paralisação em ITABIRA e uma latente insatisfação dos servidores em CRISÓLITA e SANTANA DO JACARÉ.

   Em Carmo do Rio Claro, os servidores cruzaram os braços no dia 21 (foto), em razão da frustrada negociação com a administração municipal sobre o pagamento do mês (em atraso), a garantia de salários até o quinto dia útil para todas as categorias e o aumento real dos vencimentos, 10% (além, portanto, do INPC), entre outras pautas de reivindicações. Com o apoio da FESERP-MG, a presença do presidente Cosme Nogueira e de sindicalistas da Região (Arceburgo, Nova Rezende e São Sebastião do Paraíso) o movimento foi vitorioso. Já no segundo dia de paralisação o diálogo foi aberto e as manifestações atendidas aos poucos – posteriormente, por outros motivos mais o desgaste provocado pela greve, a prefeita Cida Vilela foi afastada do cargo.

    Em Itabira, a paralisação das atividades ocorreu no dia 13, contra o atraso dos salários e outros benefícios.

    Os servidores de Crisólita e Santana do Jacaré, embora não tenham cruzado os braços, já deixavam bem claro, em janeiro, sua insatisfação. No primeiro caso pela falta de dois direitos básicos dos trabalhadores: o biênio e o qüinqüênio (que o funcionário faz junto a cada, respectivamente, dois e cinco anos de trabalho). No outro caso, o que revoltava era o atraso sistemático dos salários, vivenciado desde junho de 2015.

    Já em janeiro, os servidores de PARACATU e GOVERNADOR VALADARES, através de seus sindicatos, protocolaram suas pretensões de reajuste salarial (14% e 18,21%, respectivamente)

    Em SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO os aposentados começaram 2016 como terminaram 2015: em situação calamitosa, por conta dos atrasos constantes da Prefeitura no repasse para o Fundo da Previdência dos servidores. Para piorar o clima, o prefeito Rêmolo Aloise, ao ser abordado por servidores municipais a fim de saberem quando o salário referente à folha de dezembro seria quitado, respondeu que “paga quando quiser e quem não estiver satisfeito que peça demissão”.

    Em SÃO JOÃO NEPOMUCENO o então tesoureiro do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SISEP-SJN) Fabrício Oliveira Florentino foi eleito presidente da entidade, no dia 27, com 90,3% dos votos dos filiados que foram às urnas e para um mandato de três anos.