(Cruzília – MG) – Num ato marcado pelo senso de oportunidade – já que é este o assunto do momento – O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da Região da Mantiqueira/(SISMANT (que engloba as cidades de Cruzília, Aiuruoca, Heliodora e Natércia) proporcionou aos seus filiados e à população em geral uma palestra de alto nível sobre a Reforma da Previdência, a cargo do professor Marcelo Domingues Ebling, que tem em seu currículo uma graduação em Administração de Empresas pela Universidade de Passo Fundo (RS) e outra em Direito, com pós-graduação em Gestão Pública, no IMED (RS). A palestra aconteceu na noite desta quarta-feira (7 de dezembro), no CRE (Clube Recreativo Encruzilhadense) de Cruzília, e foi assistida também pelo presidente da FESERP-MG, Cosme Nogueira, e representantes dos sindicatos dos servidores públicos municipais de Três Corações (presidente Lucia Maria Felipe e vice-presidente Edward Araújo), Lavras (presidente Euisles “Willian” Rodrigues da Silva e diretores Eric Reis Azevedo e Antônio Marcos Moreira da Silva), Juiz de Fora (vice-presidente Ivan Expedito Catarina), São Lourenço (presidente Luiz Carlos Batista) e Nepomuceno (presidente Eliezer José Costa), do vereador eleito de Aiuruoca, Helder Carvalho e do colaborador da FESERP-MG, Peterson Gonçalves Ferreira.

“A intenção era discutir também a viabilidade da criação de um Fundo Complementar de Aposentadorias e Pensões na nossa região, mas foi uma felicidade e uma necessidade termos um especialista para discutir a Reforma Previdenciária, uma ‘bomba’ lançada contra os trabalhadores ontem (terça-feira, 6 de dezembro)”, afirmou o presidente do SISMANT, Luiz Claudio Ferreira Maciel.

Durante mais de duas horas, Marcelo Ebling, que também é sindicalista, destrinchou o projeto enviado pela Câmara Federal pelo presidente da República Michel Temer e pintou um cenário futuro, infelizmente, desolador. “Quem estava com planos de se aposentar nos próximos meses pode esquecer esse planejamento. A PEC é um desastre para o trabalhador”, decretou. Ele, no entanto, apontou uma alternativa para amenizar essa situação: o Regime Próprio de Previdência Social. “Uma previdência municipal, desde que bem gerida, não é deficitário, ao contrário do regime geral”, explicou o palestrante, sugerindo que esse deva ser o grande desafio e a busca dos servidores públicos municipais.

No decorrer da palestra, além da questão da necessidade de uma previdência complementar, para “uma aposentadoria decente” foi abordado diversos outras questões “indiretas” do projeto do Governo Federal, entre elas (pelo palestrante, por Cosme Nogueira e pelo vereador Helder Carvalho) uma conseguência nefasta: a precarização do trabalho, já que o trabalhador pode partir para a informalidade e optar por não contribuir para a Previdência.

Veja em breve, no site e no facebook da FESERP-MG a palestra de Marcelo Ebling na íntegra, em vídeo.