Deu na Mídia – Servidores de São Sebastião do Paraíso entram em greve novamente
Fonte: Jornal do Sudoeste, São Sebastião do Paraíso (MG), edição de quinta-feira (30 de junho)
Os servidores públicos municipais de São Sebastião do Paraíso entraram em greve novamente, após assembleia extraordinária em frente à Prefeitura, na manhã desta quarta-feira (29 de junho), realizada pelo sindicato da categoria, o Sempre.
A mobilização da classe vai se estender durante todo o dia de hoje (quinta-feira, 30 de junho), com reunião da comissão de greve na sede do sindicato às 14h para decidir sobre as visitas setoriais na Prefeitura e às 16h concentração próxima à Praça de Esportes Castelo Branco.
Os servidores iniciaram paralisação à zero hora de quarta-feira, com adesão de quase a totalidade da Guarda Municipal. Às 4h houve concentração em frente ao pátio de serviços da Secretaria Municipal de Obras e não saiu nenhum ônibus para fazer transporte de alunos na zona rural.
Às 8h, em frente à Prefeitura, a presidente, Maria Rejane Tenório Araújo Santos e o diretor-secretário do Sempre, Rildo Domingos da Silva, foram ao caminhão de som para mobilizar os quase 300 servidores.
Acompanhado dos vereadores Dilma Aparecida Oliveira, José Luiz Corrêa e José Luiz das Graças, Rildo usou como exemplo a parábola bíblica sobre o cerco de Jericó e propôs que o caminhão desse sete voltas ao redor do prédio da Prefeitura, seguido pelos servidores, enquanto vereadores e diretores usavam o sistema de som para dizer palavras de ordem.
O prefeito Rêmolo Alouise chegou à prefeitura e ao descer de seu carro foi vaiado, mas depois acenou aos servidores da janela de seu gabinete e saiu rapidamente da prefeitura.
Após as sete voltas, Rildo e Rejane comandaram a assembleia, apresentando duas opções a serem votadas pelos servidores. Na primeira, a proposta foi de fazer a paralisação a partir do próximo dia dez, caso o prefeito Reminho não quitasse os salários atrasados ou, aderir à segunda proposta de deflagrar a greve a partir de quinta-feira, aceita por unanimidade.
A motivação dessa greve foi a ruptura por parte do prefeito Reminho do acordo de cinco itens, firmado na greve anterior com o sindicato. Ele havia prometido, por exemplo, quitar as horas extras atrasadas, pagando-as as feitas no mês corrente juntamente com uma atrasada, mas isso só foi cumprido no primeiro mês pós a paralisação suspensa em 8 de abril passado.
A Guarda Municipal foi um dos setores que mais aderiu à paralisação.
A prefeitura pagou na quarta-feira os salários atrasados aos servidores que ganham o patamar de R$ 2,5 mil. Porém, nesta quinta-feira vence outro mês de salários atrasados do pessoal da ativa.
Na terça-feira, informações davam conta de que o prefeito vai lançar edital para promoção de guardas municipais que aguardam essa progressão na carreira há mais de dez anos.
A presidente do Sempre, Maria Rejane, disse que ambas as medidas foram tomadas para esvaziar o movimento grevista, mas não houve sucesso