Companheiros e companheiras, hoje comemoramos o Dia do Trabalhador, mas na verdade temos muito pouco a comemorar a não ser a nossa resistência frente a um sistema perverso que oprime os trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo em favor do capital e da especulação financeira e a serviço das grandes corporações. O momento atual pelo qual passa o nosso país é muito preocupante, pois as perspectivas de futuro são temerosas e incertas. Pobre a nação onde um acusado de corrupção preside o Congresso Nacional. Pobre a nação onde os projetos que diminuem as desigualdades sociais estão ameaçados. Pobre da nação que tem um deputado que faz elogios em rede nacional a um coronel torturador. Pobre a nação onde os direitos dos aposentados não são respeitados. Pobre a nação onde o sistema único de saúde é precarizado. Pobre a nação onde o respeito às diferenças de gênero e de raça não existe; Pobre a nação onde o crime organizado comanda o crescimento da marginalidade em decorrência da omissão do Estado. Pobre a nação onde se anunciam projetos que só servem para favorecer os poderosos e arrebentar com os trabalhadores e trabalhadoras.

Feliz a nação que tem homens e mulheres de boa vontade. Feliz a nação que tem companheiros e companheiras que não se entregam e não se rendem ao assédio do sistema. Feliz da nação que, apesar de tantas ameaças e desrespeito, o seu povo continua vivo e de pé acreditando num horizonte favorável e com uma sociedade mais justa e mais fraterna.

Dia primeiro de maio, Dia do Trabalhador. Pouco a se comemorar, muito a lutar.

Boa luta para todos nós.

Cosme Nogueira, presidente da FESERP-MG