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Greve termina em São Sebastião do Paraíso, com vitória dos servidores

Fonte: Jornal do Sudoeste, São Sebastião do Paraíso, edição de sábado, 09 de abril de 2016

A greve dos servidores públicos municipais de São Sebastião do Paraíso terminou na tarde de sexta-feira (8 de abril). Uma assembleia extraordinária do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sempre) e os funcionários em greve foi realizada na Câmara, quando votaram pela volta ao trabalho. A pauta de reivindicações com 45 itens foi totalmente respondida pelo prefeito Rêmolo Aloise, que concedeu alguns itens e negou outros.

Eles aprovaram a proposta de reajuste em 10,5% que consta de projeto de lei encaminhado à Câmara pelo prefeito Rêmolo Aloise na tarde de quinta-feira, (8/4).

Também comemoraram os cinco itens que consta de um “termo de compromisso”, firmado entre o prefeito e sindicato, intermediado pela Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), garantindo cinco pontos importantes ao funcionalismo público:

– “O não remanejamento para outro setor de trabalho dos servidores que participaram do movimento de greve, a não ser por pedido próprio.

– Abono dos dias parados decorrentes do movimento de greve, pertinente ai período do dia 5 ao dia 8 deste mês, acrescido de duas horas do dia 16 de março passado, quando houve um manifesto para paralisação parcial dos servidores.

– Não demissão de contratados por motivo de greve.

– Pagamento parcelado de horas extras, quitando as horas trabalhadas no mês corrente, mais as horas de um mês que estejam atrasadas”.

– O repasse integral da folha de pagamento do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais (INPAR).

O resultado positivo saiu de uma reunião com o prefeito de São Sebastião do Paraíso, com os dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, vereadores e comissão de greve da categoria e a procuradora geral do município Maria Salete dos Santos Caetano e o representante da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), Airton Ribeiro, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Varginha.

A presidente do Sindicato, Maria Rejane Tenório Araújo Santos, informou aos servidores que o prefeito Reminho abriu o diálogo com o Sindicato, prometendo conversar semanalmente para irem ajustando a pauta de reivindicações.

Rejane disse que “o acordo foi bom e justo. Foram muitos avanços, abriu-se o diálogo, garantimos o que era necessário”, comemorou ela.

A reunião – Reminho fez uma demonstração de algumas dívidas que a Prefeitura possui, as horas extras, por exemplo, totalizam R$ 64 mil. “Vou pagar de forma escalonada”. As rescisões que não foram pagas também foram discutidas, mas o prefeito adiantou que não há dinheiro. Mostrou também as pendências de fornecedores, como a Consita, que a Prefeitura deve R$ 523 mil, e há um processo judicial sobre essa dívida.

“Eu acho que o termo de compromisso foi muito justo, dos cinco itens, só a questão do INPAR ficou para aprofundarmos a discussão. A greve é um direito de todos os trabalhadores e o que foi pedido é compatível. Tudo isso é dever meu como prefeito, respeitar os funcionários. Horas extras eu começo a pagar na terça-feira (12 de abril).

Os grevistas têm estabilidade porque eu sou um democrata. A folha está em R$ 6,5 milhões, com 2.200 funcionários e eu não sou prefeito de demitir, o que temos que fazer é equilibrar as dificuldades. O reflexo do governo federal em ano difícil vem para os municípios; prometer e não cumprir é muito pior. Mas até o fim do ano ficará pior por causa do déficit fiscal que vai refletir também”, completou o prefeito.

São Sebastião do Paraíso - 11.04