Deu na Mídia – Movimento grevista em São Sebastião do Paraíso continua e ganha corpo no segundo dia
Fonte: Jornal do Sudoeste, São Sebastião do Paraíso, edição de 07 de abril de 2016
O movimento grevista dos servidores públicos municipais de São Sebastião do Paraíso entrou no segundo dia (nesta quarta-feira, 6 de abril) com mobilização da categoria em diversos pontos e aumento das adesões. A Polícia Militar tem sido acionada, mas não tem constatado nenhuma irregularidade. À tarde, grevistas, pessoal do sindicato da classe, o Sempre, e comissão de greve, fizeram um ato público na Avenida Angelo Calafiori, em frente ao edifício onde do prefeito Rêmolo Aloise reside. Em seguida os manifestantes seguiram pela Rua Pimenta de Pádua até a Praça Comendador José Honório, onde fizeram novos pronunciamentos.
No período da manhã a PM foi chamada no pátio de serviços da Secretaria Municipal de Obras, com a reclamação de que os grevistas estavam impedindo de os caminhões de lixo saírem para fazer a coleta. O policial que esteve no local, relatou ao seu superior que a reclamação não conferia e que não havia motivos para registro de boletim de ocorrência (BO). Ainda pela manhã, a PM foi novamente acionada, desta vez para comparecer à Arena “João Mambrini”, onde, segundo reclamação, os grevistas estavam impedindo as pessoas de trabalharem, invadindo os setores. Mais uma vez o BO não foi registrado. Segundo o diretor-secretário do Sempre, Rildo Domingos Silva, um grupo de grevistas esteve no pátio e tentou subir para conversar com os colegas, a fim de divulgar a greve e foi impedido de ir até a Secretaria Municipal de Saúde, retornando ao estacionamento da Arena, porém a PM já havia sido acionada. “Eu e a presidente do Sempre, Maria Rejane Tenório Araújo Santos, comparecemos ao local para conversarmos e o polícial não viu motivos para o registro do BO”.
Na noite terça-feira (5 de abril), o Pronto Socorro Municipal e o Pronto Socorro Infantil estiveram lotados por causa do número reduzido de atendentes e enfermeiras, 30% do quadro normal, que é o mínimo preconizado pela Lei de Greve, que deve permanecer no trabalho dos serviços essenciais.
Ainda à noite, a presidente e o diretor-secretário do Sempre fizeram uma reunião com o diretor municipal de Saúde, Christian Alves Neto, a fim de encontrarem uma saída para que o atendimento fosse realizado com mais agilidade. Foi feito um acordo para que um número mínimo de enfermeiras continuem no trabalho, mas o atendimento hoje ainda segue lento.