No quarto dia de greve, servidores de Governador Valadares denunciam descaso da prefeita
(Governador Valadares – MG) – No quarto dia de greve dos servidores municipais de Governador Valadares, nesta quinta-feira (3 de março), os trabalhadores denunciaram, mais uma vez, o descaso da prefeita municipal Elisa Costa (PT), só que desta vez de maneira original: distribuindo cachorro-quente para a população, para demostrar a “cachorrada” que a petista vem fazendo com os trabalhadores, se negando inclusive a cumprir, entre outras coisas, um Projeto de Lei que concede um reajuste de 15% ao funcionalismo. “Se o servidor está na rua, se a população está apoiando como está a manifestação dos grevistas a única culpada é a prefeita. Ela merece ser ridicularizada”, decretou o presidente da FESERP-MG, Cosme Nogueira, que está na cidade desde terça-feira (primeiro de março) e representa nos atos também a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) e a CSPB (Confederação dos Servidores Públicos do Brasil). Para o presidente do Sindicato (SINSEM-GV), Waldecir Morais da Silva, há mais que descaso nas atitudes da prefeita. “Ela precisa explicar as contas da Prefeitura. Não está sendo repassadas verbas devidas, como, por exemplo, para o Instituto de Previdência, e o ‘rombo’ já está em cerca de R$ 75 milhões”, disse.
Antes da “cachorrada”, os servidores fizeram mais uma passeata pelas ruas de Governador Valadares. Nesta sexta-feira (4 de março), as atividades começam bem cedo, às 6h30, com uma concentração ruidosa em frente à SEMOV (Secretaria municipal de Obras e Viação). Mais tarde, às 16h30, tem nova caminhada-manifestação pelas ruas da cidade e, logo em seguida, um abraço simbólico no prédio da Prefeitura.
As bandeiras de luta do SINSEM-GV:
– Reajuste salarial;
– Mais respeito aos servidores;
– Defesa do serviço público de qualidade;
– Cumprimento da Lei de Plano de Cargos e Salários;
– Pagamento de recursos previdenciários do Plano de Saúde (que a Prefeitura desconta do servidor e não repassa);
– Pela realização de concursos públicos;
– Contra o sucateamento do SUS;
– Contra o assédio moral;
– Por melhores condições de trabalho;
– E contra o excesso de cargos comissionados.