Segundo dia da greve dos servidores municipais em Patos de Minas
(Patos de Minas – MG) – No segundo dia da greve dos servidores públicos municipais de Patos de Minas, nesta terça-feira (25 de agosto), os trabalhadores repetiram a estratégia: ir para a Prefeitura bem cedo, desde 8h, com cartazes, palavras de ordem e reivindicações: manutenção da carga horária de seis horas, reajuste salarial para estancar a enorme defasagem verificada, normas justas para as atividades das educadoras infantis e melhores condições de trabalho. Paralelamente ao ato a Comissão de Greve começou a agir e, conforme informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Patos de Minas (SINTRASP), Paulo Augusto Correa, fará um balanço da greve ainda hoje e marcou para amanhã (quarta-feira, 26 de agosto) um “acompanhamento” da visita do governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) à cidade, desde o aeroporto e, a partir das 9h, no Codefest.
A FESERP-MG continua presente em Patos de Minas (com o presidente Cosme Nogueira, o diretor de Finanças Airton Riberio, a assessora Alessandra Ramos Braga e, hoje, o diretor regional Fausto da Silva Pereira, presidente do sindicato de Patrocínio) e, ao lado da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), apoia incondicionalmente a greve dos servidores.
Nos discursos desta terça-feira, os motes foram a indignação com a postura da administração municipal e a firmeza na intenção de continuar o movimento. A surpresa foi a presença do vice-prefeito Sandro Ângelo (PV), que pregou diálogo (o que não vem acontecendo por parte da Prefeitura) e acenou com a possibilidade de não haver retaliação aos grevistas e nem corte do ponto. “A greve está sendo feita de forma legal. Respeito os movimentos legítimos”, disse.
O motivo principal da greve é a insistência do prefeito Pedro Lucas Rodrigues (PSD) de, por Decreto, mudar a carga horária dos servidores, de seis horas (período que vem desde 2008) para oito horas quebrando com isso uma promessa de campanha e prejudicando os trabalhadores. Na reunião de ontem (segunda-feira, 24 de agosto), antes da deflagração da greve, os representantes do Executivo (os secretários municipais de Administração e de Governo e o procurador-geral do município) disseram que a Prefeitura não abre mão da carga horária de oito horas, ignorando os argumentos pelo bom senso e justiça dos sindicalistas locais e da FESERP-MG, já que o argumento “legalista” da administração pública esbarra na perda de direito adquirido e na defasagem salarial (que cresce com o aumento de duas horas no expediente), entre outros motivos. Além de coordenar as manifestações e a greve dos servidores, o SINTRASP entrou na Justiça com uma ação para a manutenção da jornada atual.
VEJA EM BREVE, NO SITE DA FEDERAÇÃO, www.feserpmg.com.br, A GALERIA DE FOTOS DA MANIFESTAÇÃO DOS SERVIDORES DE PATOS DE MINAS