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Deu na Mída – Sindicato, INPAR e FESERP-MG fazem manifesto em São Sebastião do Paraíso

SAMSUNG CAMERA PICTURESFonte: Jornal do Sudoeste – São Sebastião do Paraíso

 O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Sebastião do Paraíso (Sempre) e o Instituto de Previdência dos Servidores Públicos Municipais (INPAR) realizaram na manhã de sexta-feira, (14/8), manifesto na porta do prédio da Prefeitura em apoio aos aposentados, segurados do instituto, que estão sem receber por falta de repasses do Executivo.

A manifestação contou com o apoio de membros e presidente da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais de Minas Gerais (Feserp-MG) e também da Central dos Sindicatos Brasil eiros (CSB) e outros sindicatos de várias cidades da região, como Lavras e Carmo do Rio Claro.

Os aposentados se reuniram com cartazes com palavras de ordem, carro de som, apitos e caminhão de som que saiu depois pelas ruas com o pessoal da organização alertado a população em relação à situação dos servidores municipais aposentados, pensionistas e afastados por motivo de doença.

O presidente da Feserp-MG, Cosme Ricardo Gomes Nogueira, disse que “é muito triste ver a situação dos aposentados de Paraíso. Em toda a minha vida nunca encontrei algo parecido. É um absurdo em pleno 2015 convivermos com essa incapacidade e inabilidade de gestão. São famílias que estão há dois meses sem receber salário. Como estão sobrevivendo”, questionou.

Ele disse que a federação deu o seu apoio em solidariedade a cada aposentado com o objetivo de “demover o prefeito Rêmolo Aloise para que ele possa regularizar essa situação e a vida dessas pessoas para que volte à normalidade”.

“A intenção é sensibilizar o prefeito Reminho, queremos ser atendidos por ele. Estamos colhendo assinatura para depois protocolar e também alertar a Câmara para que os vereadores acordem, porque se eles tivessem agido antes, a situação não teria chegado aonde chegou, afinal os vereadores, em uma questão como essa têm mais poder que o Judiciário, afinal são eleitos para fiscalizar os atos do Executivo. O prefeito está cometendo vários crimes ao não pagar os servidores, descumprindo leis municipais, estaduais e federais, apropriação indébita em relação às contribuições, improbidade administrativa em relação aos descontos previdenciários”.

No mesmo horário o prefeito Reminho se encontrava em Ribeirão Preto, onde foi fazer o reconhecimento de dois suspeitos de envolvimento no assalto que ele sofreu na manhã de segunda (10/8),

Aparecida Ribeiro da Silva Santos, de 72 anos, se aposentou de seu trabalho na Prefeitura como cantineira. “Nesse período sem receber eu tive que contar com a aposentadoria do meu marido, que é de apenas um salário mínimo. Para quem eu devo tive que pedir pelo amor de Deus para esperar um pouco. Usamos o dinheiro dele para comprar comida, por isso que não faltou e ainda tem conta de água e luz e mais remédio”, descreveu.

O aposentado João Francisco segurava um cartaz com o seguinte texto: “Cadê o mês de julho? As contas já venceram”. Ele disse que “nunca se sentiu tão humilhado em toda a sua vida”.

O caminhão de som percorreu as principais ruas da cidade, tendo o presidente do INPAR, Rildo Domingos da Silva, no comando de palavras de ordem. A organização também separou um trecho da propaganda política gravada por Reminho, quando foi candidato a prefeito, dizendo que não se poderia considerar a hipótese de ficar devendo o INPAR, e que quem deve tem que pagar.

A prefeitura fez o pagamento referente à folha de junho na segunda-feira, (10/8), para aposentados e pensionistas que ganham até R$ 4,5 mil. Não pagou os licenciados por motivo de doença e nem fez o repasse de todos os convênios, inclusive planos de saúde que estão atrasados há mais de um mês.

O pagamento causou tumulto entre os assegurados porque a Prefeitura repassou cheques individuais e nominais ao IN-PAR, exigindo assim, que cada um deles tivesse o endosso (assinatura) do presidente Rildo.

Ampara –  A Ampara, a pedido dos vereadores, encaminhou notificação extrajudicial, prorrogando o prazo de pagamento até o próximo dia 20. Antes a operadora do plano de saúde tinha dado prazo até o dia 10 passado. O valor é de R$ 136.213,72 mil, referente ao mês de julho. Caso o pagamento não seja feito na data fixada, haverá o cancelamento dos atendimentos aos assegurados do INPAR.