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Prefeitura de Recreio continua perseguindo servidores ligados ao Sindicato

Recreio 2

(Recreio – MG) – A Administração Municipal de Recreio continua perseguindo servidores ligados ao Sindicato dos Servidores Municipais de Cataguases (SINSEPU) – do qual a cidade é base. No inicio deste mês, a funcionária Luciana Pimentel Lima (representante do SINSEPU no município) recebeu seu contracheque, referente a junho, com 18 faltas ao serviço, mesmo ela tendo comparecido todos os dias. “Desde maio que a Prefeitura vem procurando me desestabilizar. Recebi uma ordem de transferência para o Distrito de Barreiras – e o setor do jurídico do SINSEPU entrou com uma representação citando o Estatuto dos Servidores”, conta Luciana Lima, se referindo ao artigo 154 que diz claramente que “o servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade ou repartição diversa daquela onde exerce o mandato”. E as irregularidades cometidas pela administração não pararam por ai. “Logo depois dessa ordem de transferência outras três vieram e no dia 25 de maio, o ponto do setor onde trabalho simplesmente sumiu”, relata a sindicalista, lotada no Posto de Saúde Maria Rosa da Conceição Silva, que já fez até um Boletim de Ocorrência para resguardar seus direitos, pois até mesmo impedida de ingressar em seu local de trabalho ela já foi. A FESERP-MG e o SINSEPU estão atentos à situação e não vão permitir esse nível de perseguição a um trabalhador. “Os dois departamentos jurídicos, do Sindicato e da Federação, estão à disposição da servidora e ela pode contar ainda com o nosso apoio em outros sentidos”, disse o presidente da FESERP-MG, Cosme Nogueira.

Em junho, Cosme Nogueira esteve em Recreio para se inteirar das atitudes do prefeito Ônio Fialho Miranda e seus auxiliares – ações essas que estão causando indignação no funcionalismo e na cidade. Na ocasião, ele ouviu que as condições de trabalho na Prefeitura são “as piores possíveis”, sem equipamentos de segurança, com as atividades tendo que ser feitas em condições precárias; que há três anos que os servidores não têm nem mesmo a reposição salarial com base no IPCA, prevista em Lei; que o Plano de Cargos e Carreiras (PCCs) está engavetado; que a administração não reconhece as condições de insalubridade; que vários servidores estão com férias vencidas; e que há unidades do Programa de Saúde da Família (PSF) que funcionam sem enfermeira e outras coisas que se percebem no cotidiano do município.

Isso sem contar a absurda perseguição e prática de assédio moral contra outro servidor, Willan Herculano da Silva, impedido de assinar o ponto e sujeito a perder os seus proventos, mesmo trabalhando diariamente.