(Brasília – DF) – Durante sua participação em Audiência Pública no Senado Federal, na manhã desta quinta-feira (14 de maio), o presidente da FESERP-MG, Cosme Nogueira, abordou com bastante propriedade o projeto da Terceirização. “Temos que proteger os cerca de 12 milhões de trabalhadores que estão nessa situação. Eles não podem ficar fragilizados, vulneráveis e abandonados, à mercê da exploração. No setor público a terceirização é inconcebível: “é um câncer, uma porta de entrada para a corrupção”, disse Cosme Nogueira, acrescentando que o projeto não pode, em hipótese alguma, atingir as atividades-fim. No debate, coordenado pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e assistido por um número excepcional de pessoas – entre elas sindicalistas e especialistas em relações de trabalho, Cosme Nogueira representou oficialmente o presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), Antônio Neto e fez questão de citar também sua participação como diretor da CSPB (Confederação dos Servidores Públicos do Brasil) e a sua base, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (SINSERPU-JF).

Cosme Nogueira ainda classificou a atuação das empresas que praticam terceirização no serviço público como “invasoras bárbaras” e pregou mobilização total contra o Projeto de Lei 4330, no que conserne ao ponto da atividade-fim. Além disso, se posicionou firmemente contra as Medidas Provisórias 664 e 665, que retiram direitos dos trabalhadores. “Se o Governo Federal quer produzir arrocho fiscal, que corte na carne dos poderosos (através, por exemplo, da taxação de grandes fortunas) e não na pele dos trabalhadores”, resumiu.

A Audiência Pública, cujo tema é “Terceirização: a revogação da Lei Áurea e trabalho escravo”, está sendo realizada no Auditório Petrônio Portella, sob responsabilidade da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal e deve durar até o meio da tarde.