Educadores infantis de Uberlândia: cronologia de um movimento bem-sucedido
24 de julho – Primeira Assembleia dos Educadores Infantis da rede municipal de ensino de Uberlândia, no Centro Cultural do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Uberlândia (SINTRASP). .
28 de julho – Segunda Assembleia, no mesmo local, com a decisão tomada de entrar em estado de greve.
01, 04 e 05 de agosto – Categoria paralisa as atividades e se concentra na porta da Prefeitura Municipal. A pauta de reivindicações fica alicerçada basicamente em três pontos: 1) Piso salarial da categoria (tendo como referência mínima o proposto no PCCS-Plano de Cargos, Carreiras e Salários, escolaridade média exigido no ato do ingresso no serviço público); 2) Inclusão dos Educadores Infantis no quadro do magistério e 3) redução da carga horária, de seis para cinco horas, sem a redução de salário.
07 de agosto – Nova paralisação, dessa vez para protestar contra a entrega, pelo prefeito Gilmar Machado (PT), à Câmara Municipal do PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários).
09 de agosto – Início da greve
20 de agosto – Em Assembleia, os trabalhadores resolvem encerrar o movimento, após 12 dias de greve, com várias vitórias, após intensas rodadas de negociação com a Administração Municipal, que garantiu: 1) a redução na carga horária, de 30 para 25 horas semanais, 2) a possibilidade de progressão na carreira (para os servidores que tiverem formação além do ensino médio, ou seja, elevando o nível para Educador Infantil II; 3) a possibilidade de acúmulo de cargo; 4) o recesso de 15 dias em julho, e 5) reajustes, iniciais, de 16,2% e 15,5%, em 2015 e 2016, respectivamente.
27 de agosto – Em Audiência Pública na Câmara Municipal, o Sindicato e as educadoras infantis deixam claro para os vereadores, a sociedade e a imprensa os motivos da paralisação e explicam as reivindicações.
08 de setembro – O Projeto de Lei, número 865/2014, de autoria do Poder Executivo, que dispõe sobre o Plano de Carreira dos Servidores do Quadro de Educação da Rede Pública Municipal de Ensino de Uberlândia vai à votação na Câmara de Vereadores e as educadoras infantis se fazem presentes na sede do Legislativo, para deixar bem claro ao prefeito e os vereadores que “o voto de confiança” foi dado, mas se as garantias não forem efetivadas os trabalhadores voltam para as ruas, iniciam um novo movimento.